Vivemos um período conturbado e é fácil cairmos no saudosismo de épocas áureas. Por isso, devemos evitar que a contemplação da história e o medo da mudança nos demovam de aplicar as alterações necessárias para nos tornarmos mais produtivos e, sobretudo, diminuirmos o excesso de dependência do exterior.
Todavia, as medidas sucedem-se, mas os bons resultados tardam. O desemprego continua a subir e a economia mantém-se num estado acentuado de recessão. Diz-se que “pelo fruto se conhece a árvore”. E cá vamos nós cultivando a nossa. Se é certo que alguns ramos começam a florescer, principalmente os que não se encontram asfixiados pelo monstro da despesa, outros, porém, mirram perigosamente.
O Estado não pode emagrecer contraindo os custos apenas à custa de mais aposentações, o que, em boa verdade, até não acontece, já que o dinheiro se não sai por um lado sai pelo outro. Há quem seja reconvertível para muitos outros sectores. O esforço, algumas vezes, improfícuo no empreendedorismo deve ceder também, por vezes, a primazia à recuperação de organizações “doentes”, aproveitando estruturas e integrando o saber e a experiência de gestores de bom nível e qualificação elevada.