Levantei-me ainda não eram oito horas. Os imensos afazeres não me deixaram dormir até tarde, tanto mais que sou daqueles que pensa que quem muito dorme pouco aprende.
Depois de um dia de intenso trabalho – leia-se agrícola, como é lógico, com a agravante de ser debaixo de chuva -, sento-me em frente ao computador para alinhavar meia dúzia de palavras, fundamentalmente com vista a formular alguns votos para o próximo ano. O cansaço é imenso e só o calor da lareira, bem como a esperança de uma noite de fim-de-ano bem passada me dá alento para clicar nas teclas. Existem determinados hábitos que têm imensa força, os quais não se podem cortar por muitos e legítimos argumentos que se possam invocar.
Bem sei que o anteriormente descrito interessa pouco ou nada à maioria dos que me leem. Todavia, por defeito meu, sou incapaz de cruamente ir directamente ao que realmente aqui me trouxe. Mas vamos lá . . .
Assim, para o próximo ano, desejo que se recupere a confiança perdida, que se trave a desvalorização real dos rendimentos, que se elimine o vírus que transmite a especulação mais ou menos desenfreada, que se obstrua a enorme depressão a que estamos votados de modo a que o desemprego diminua, que expire a “doença” que nos ataca na forma de quase todos saberem e/ou terem opinião avalizada sobre tudo, por muito que não leiam ou estudem minimamente o que quer que seja e, the last but not the least, que a nossa vida, seja ela familiar, afectiva ou profissional, não esteja permanentemente em saldo, como se fossem sapatos fora de época.
Para todos que seja, verdadeiramente, um
BOM ANO