Senão todos, pelo menos a larga maioria, teme o agravamento das condições de vida que se anunciam, essencialmente, por via de novos e mais elevados impostos. Continuamos a pagar o desvario de décadas a “caminho” do socialismo e de renovadas manhãs que cantariam eternamente.
Por exemplo, o anunciado aumento da fiscalidade sobre o património imobiliário, nomeadamente o Imposto Municipal de Imóveis (IMI), segundo aludem os especialistas da área, será tão exagerado que temo que seja fatal para muitas famílias.
A tentação de olhar para o imobiliário como uma inesgotável fonte de receita fiscal já vem de longe e continua a ser uma ideia perigosa. Recordo que a maioria dos portugueses – ultrapassa a barreira dos 75% -, durante décadas, foi incentivada a adquirir casa própria, arriscando, na maior parte dos casos, mensalidades que roçavam e roçam ainda o limite do esforço individual.
Ora, com os aumentos anunciados, é o esticar da corda que pode quebrar um equilíbrio já por si muito precário.
É evidente que não falo, como é lógico, dos detentores de segunda ou terceira habitação. Aqui sim, sobretudo aqueles que possuem casa de férias, seja ela situada na praia ou no campo, devem ser taxados e altamente.
Possuir casa própria – a não ser que seja um palacete ou situada em locais muito específicos, como seja, por exemplo, a Quinta da Marinha – não é, hoje em dia, um luxo, mas sim uma necessidade básica. Como tal, não pode, de modo algum, ser sobrecarregada com mais elevados impostos.