O tempo – meteorologicamente falando, é claro - está incerto e, fazendo jus a um texto anteriormente, nestas páginas, editado, parece que voltou para trás. Os tempos de chuva e de frio, voltaram e com eles o nosso modo de ser e estar também se altera.
Todavia, sabendo que os dias de Verão não tardarão a chegar, eis-me a reflectir sobre alguns aspectos básicos que podem ajudar a alcançar um novo astral.
É conveniente, começar por reavaliar os nossos objectivos e equacionar quais as metas a alcançar, bem como o caminho onde nos encontramos e aquele que queremos percorrer para chegar ao destino almejado. Depois de o encontrar não nos desviemos. Quanto muito contornaremos obstáculos, endireitaremos veredas, mas sem esquecer de seguir sempre em frente.
Se esta aposta não resultar, (re)direcionaremos a nossa procura. Avaliemos, de forma o mais objectiva possível, tudo o que nos rodeia, detectando onde está o melhor e o pior para nós. Alarguemos o nosso raio de acção e personalizemos - o melhor que soubermos e podermos - os nossos contactos, incidindo a demanda às pessoas certas. Este último item é importantíssimo e pode ser exercido, por muito que nos pareça, à priori, estranho, com ética e elevação.
Também ficará sempre bem possuir uma atitude proactiva. Não nos limitemos a responder somente ao solicitado. Adiantemos respostas – ponderadas, como é óbvio, pois, caso contrário, mais vale estar calado - e apresentemos questões pertinentes. Cuidado apenas com os conselhos e a intromissão na esfera privada dos outros. Quanto aos primeiros, procuremos dá-los apenas quando nos for solicitado. Relativamente ao segundo, é de toda a conveniência ter presente a máxima popular “cuidados e caldos de galinha nunca …”
Por último, estejamos preparados e disponíveis para os outros. Vamos actuar como se estivéssemos disponíveis para assumir os maiores compromissos no minuto seguinte. Todos gostamos de ver os outros enfocados nas nossas preocupações e preparados para, de imediato, agir. Os problemas da maioria das pessoas são transversais e muitas das suas sensibilidades são comuns. Apesar de ser um lugar-comum, atrevo-me a adiantar que pouco ou nada vale ser, hoje-em-dia, uma ilha, por maior que seja, no meio de um imenso oceano de problemas que a todos afecta. A amabilidade, um sorriso, o sentido de urbanidade, um elogio, a boa disposição, o convívio, entre tantas outras situações agradáveis, na maior parte das vezes, fazem autênticos milagres.