Com a celebração da Quinta-Feira Santa inicia-se mais um Tríduo Pascal. Acabei de regressar da cerimónia que, de entre outros aspectos, evoca a cena do lava-pés de Jesus Cristo aos seus discípulos, sinal de quem se quis fazer o mais humilde dos humildes quando era o maior de entre os maiores.
Cerimónia presidida por um sacerdote negro, por sinal extremamente simpático, indício de que a sociedade, como tudo na vida, tem ciclos. Em tempos que já lá vão, séculos atrás de séculos, enviámos pessoas para evangelizar os mais distintos povos africanos. Hoje, por vontade de Deus, os papéis inverteram-se e, por isso, não admira sermos catequizados por missionários africanos. Senão fosse matéria muito séria, poderíamos dizer que se tratava de algo inusitado e, sobretudo, de uma “vingança” divina. Mas como diz o nosso povo “Deus escreve direito por linhas tortas”.
Todavia, o importante é a mensagem do dia. Deixou de ser necessário imolar o cordeiro, como os judeus faziam Páscoa após Páscoa, uma vez que Cristo, por amor de todos nós, assumiu esse papel. Ele é o Cordeiro presente, diariamente, na Sagrada Comunhão.