Pessoas existem para quem os outros pouco ou nada contam. Por vezes, para a aceitação até parece que somente lhes falta perguntarem se são vacinados contra determinadas doenças. Por outro lado, quase que chegam a indagar se os outros conseguem provar que possuem determinados requisitos para, nesta ou naquela actividade, brilharem. Caso contrário …
É claro que os "talentos", preferencialmente os mais demandados, são instrumentos de múltiplas utilidades que até abrem portões de ferro pesadíssimos, em muitos confins, principalmente naqueles onde o visto mais importante continuam a ser os “almoços grátis”.
Todavia, também por isso não basta dar umas quantas palmadinhas de incentivo nas costas para assumir um apoio que, à primeira contrariedade, cai pelas ruas da amargura.
Os que lhes falta no não reconhecimento do bem sobra-lhes em iniciativas despromocionais. Por isso não é de estranhar a evidente ausência de potencial para se afirmarem por si, restando-lhes apenas o engenho e a arte para se tornarem conhecidas, quanto muito, num núcleo muito restrito, mas jamais pública e automaticamente reconhecidas.