Em função do que actualmente presenciamos só nos resta benzer e rogar ao Altíssimo que nos livre rapidamente da influência do eduquês no ensino. Então, não é que para além da educação sexual, ambiental, rodoviária, nutricional, cívica, promoção para a saúde, entre tantas outras, agora também é requerido à escola o ministrar de conhecimentos em literacia financeira?
E o mais grave é alinharmos nestas pantominices!
É caso para perguntar: o que mais nos irão pedir?
Como sabemos e é óbvio, o tempo não é elástico e, assim sendo, não chega para tudo. Ou seja, o mais importante, i.e., o ensino da língua materna, da matemática, das línguas estrangeiras, da história e geografia, bem como a introdução aos ofícios e o exercício das mais diversas manualidades, esse fica para as calendas gregas.
Para cúmulo, o Bloco de Esquerda entregou na Assembleia da República um projecto de lei que, a ser aprovado – não vai, com toda a certeza –, obrigaria as escolas a dar gratuitamente o pequeno-almoço a todos, repito a todos, os alunos do ensino básico. Além da medida nos importar, só em custos directos, em qualquer coisa como 90 milhões de euros por ano, tal iria isentar os pais e encarregados de educação de dar esta refeição aos seus educandos, como é sua estrita obrigação.
Já não chega o escasso – nalguns casos é mesmo nulo – interesse que os pais denotam pela escola para, ainda por cima, os isentarem das suas obrigações com as refeições dos filhos? Já agora, porque não trazer também o pijama e a escola dar-lhes-ia o lanche, o jantar e aqui dormiam? Entretanto, os pais vinham visitar os filhos ao domingo à tarde, mas nem sempre, porque semana a semana também era uma grande trabalheira!