As escolas passaram de há umas dezenas de anos a centrarem as suas energias e atenção em práticas administrativas, fruto de condições centralistas, muito semelhantes aos planos quinquenais dos ex-regimes socialistas. Aliás, como é sabido, a máquina administrativa do ME é comandada por pessoas formatadas no lamentável tempo do PREC, as quais, como lapas presas à rocha, não desgrudam. E se existem pessoas que gostam de “papéis” são os burocratas, principalmente os de esquerda, pois só assim podem justificar a sua permanência e o (pseudo)controlo que pensar continuar, infelizmente, a exercer.
Não é por acaso que existem “papéis” para tudo e para nada. Nada pode sair da norma e as instruções são para seguir à risca. E ai daquele que se atreva a sair da regra superiormente estabelecidas por "iluminados", uma vez que pagarão bem caro tal gesto. Diga-se, porém, que muitos docentes existem que exigem que assim seja. No fundo, gostam de viver num mundo formatado, todo ele constituído por blocos onde tudo se encaixe, pois sempre receosos - nunca entendi de quem e porquê -, assim basta-lhes preencher o que lhes é ordenado. O grande problema é que, por muito que não queiram, ficará sempre algo de fora, nem que seja o rabo!
E não bastando o apresamento dos docentes por alunos indisciplinados, por pais desinteressados e autarcas com sede de poder, eis outras formas de captura como são exemplos a tentativa de controlar a informação – o recuo só veio confirmar o desejo de censura prévia -, bem como advertência na divulgação de powerpoints. É que quando os factos são atirados ao acaso sem, como o nosso povo costuma dizer, “dar nomes aos bois”, i.e., sem chamar à razão os culpados – até admito que haja um ou outro material que não deva ser visionado – é todo um conjunto que se tenta enclausurar. Todavia, pior que isso é a apatia com que tudo é recebido sinónimo de conformismo.