Para onde é o nosso bombordo? Será que continua a ser o lado de onde avistamos o facilitismo, para não dizer incúria, quando temos a proa dirigida - por nossa culpa, máxima culpa - por mãos estrangeiras?
Sem esquecer o que hoje nos diferencia, pela positiva, relativamente a outros tempos, actualmente, porém, não somos nem queremos ser o centro do mundo. Contentamo-nos – e já não é pouco - em ser porto de entrada e de saída, num dos vértices dessa nova quadratura constituída pela Europa, Estados Unidos, África e países emergentes – Brasil, índia, China, entre outros.
Importa, por isso, sublinhar que esta nossa vontade de encontrar um novo El Dorado, implica que também saibamos transformar Portugal num bom porto de acolhimento às boas práticas. A nossa reconhecida capacidade de bem receber - valor acrescentado, sem margem para dúvida - não basta para servir como âncora de um desenvolvimento sustentado.
Todavia, o certo é que, infelizmente, os últimos acontecimentos que têm feito manchetes na comunicação social não apontam neste caminho. À atenção de quem de direito.