Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. Todos já ouvimos esta verdade máxima! Contudo, em matéria de prazer esta não tem de ser uma verdade universal para quem entra no Outono da vida. Sim, bem sei, que existem mitos impostos culturalmente que acabam por determinar comportamentos. Cabe-nos, porém, não nos deixarmos vergar.
E, tal como diz o ditado, para grandes males, grandes remédios. Certo de que não podemos esquecer de que à medida que a idade avança, as necessidades vão decrescendo, também não deixa de ser verdade que, com equilíbrio e bom senso, existem imensos casos em que o passar dos anos não patenteia diferenças significativas. Aliás, por vezes, até se verifica o inverso.
Assim, há que encarar esta nova fase da vida como tempo de alegria e de colheita e, sobretudo, com um sorriso nos lábios. Segundo alguns estudos, à medida que os anos passam o usufruto do deleite não é uma miragem, bem pelo contrário, principalmente, porque não tem contra-indicações, o que, só por si, já é uma enorme vantagem.
Por outro lado, está absolutamente comprovado que, neste âmbito, ao não nos deixarmos prematuramente “morrer”, aumentamos a auto-estima, assim como o bem-estar físico e mental.
O grande problema é quando estamos motivados para a auto-promoção de uma pretensa qualidade de vida física, marca que acresce à própria vertente lúdica, esquecendo outros fomentos e promessas. Quando assim acontece, com toda a franqueza, não existe envolvência que nos valha e os constrangimentos são o pão-nosso de cada dia.