A urgência e a importância da reabilitação da política justificam plenamente o aparecimento de novos valores, sobretudo, gente nova, vocacionada para esta forma de intervenção na sociedade.
Pessoas que, para além da juventude, tenham inclusivamente, uma efectiva caução de seriedade e uma denodada demonstração ética capaz de facilitar o acesso à governação dos destinos da nação.
Todavia, o relançamento dos superiores interesses nacionais também passa – bem o sabemos – pela fileira de um grande traquejo vivencial, o qual só a maturidade traz. Como é óbvio, nem toda a maturidade é “fixe”, já que alguma está bem próxima da senilidade.
Não obstante, hoje, existe uma tendência muito grande para desvalorizar o saber feito da experiência que os menos jovens denotam. Como se costuma ouvir, o que é jovem é cool e o resto … Escutar os mais velhos, sondar-lhes o saber, demonstrar respeito e porque não dizê-lo admiração, tornou-se, em larga medida, demodè.
A reconstrução da cidadania, no mais genuíno que o termo encerra, visando a reabilitação e a regeneração do modo como interagimos uns com os outros, bem como a reinvenção da excelência da política, passa, essencialmente, pela obrigação ética de (re)aproveitar as mais diversas parcerias, independentemente do género, idade ou cor, de modo a que esta geração deixe aos seus vindouros - e em boas condições - um património de que se possa orgulhar.
Sendo uma opção que gera mais-valias indispensáveis à recuperação económica, será, por isso, de toda conveniência levar o barco a bom porto, o que torna indispensável o bom funcionamento do triângulo vital da requalificação governativa a todos os níveis: experiência, inovação e seriedade.