O meu ponto de vista

Outubro 12 2011

Historicamente, dizem os sociólogos, os processos sociais de transição e adopção de novos valores e atitudes só começam a fermentar quando os valores e as atitudes de uma qualquer sociedade se esgotam por exaustão e incapacidade de se manterem. A psicologia, pelo seu lado, explica-nos que o mesmo acontece com as pessoas.

Isto é o que se passa em qualquer parte do Mundo. Todavia, entre nós, desgraçadamente, a transformação da mentalidade colectiva vai-se fazendo não por interiorização, mas sim por imposição exterior. E é pena!

Os resultados estão à vista: falência da educação, desprestígio da justiça, despudor na corrupção, desprezo pela agricultura, primado das aparências, crescente sentimento de frustração e descrença com que os servidores da política são encarados, entre tantas outras maleitas.

Muito mais que mudar a economia, é necessário que tenhamos capacidade de mudança radical de estilos de vida, valores e mentalidades. Não vale a pena carpir mágoas por perda de empregos, falta de dinheiro ou menor segurança social, pois tais fracturas só são possíveis de reparar com novas posturas. De que vale queixarmo-nos do comportamento do vizinho, do colega de trabalho, do ambiente das nossas vilas e cidades, se, pelo nosso lado, em casa, no emprego, nos nossos momentos de ócio, procedemos igual, senão pior?

Tendo consciência de que, para além de seres individuais, com personalidade própria, com direitos, como é óbvio, temos deveres para com a sociedade, há que estabelecer, de uma vez para sempre, um facto irrefutável: não nos podemos arvorar a moralidades individuais e muito menos a acções que levem à propensão de um narcisismo exacerbado. O slogan “se eu não gostar de mim, quem gostará?”, tanto em moda, deverá ser substituído por se eu não demonstrar, em primeiro lugar, quanto gosto dos outros serei digno de mim?.

 

P.S – Soube-se hoje que o novíssimo aeroporto internacional de Beja, cujo custo ascendeu aos 33 milhões de euros, e que continua a custar um balúrdio em manutenção diária, teve nos últimos quatro meses (apenas!) 798 passageiros. Palavras para quê? Trata-se de mais uma grande herança socratina.

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:11
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Outubro 11 2011

Hoje, sinceramente, apetece-me apenas dizer bem, falar de coisas belas, enaltecer o lado mais cativante da natureza, entre tantas outras apologias de boas vontades. E só não escrevo um p(r)o(s)ema porque a tanto não arrisco, uma vez ter chegado à conclusão de que cada um é para o que nasce.

As pessoas e os respectivos recursos que colocam em prol dos outros estão em permanente mutação. Se antes era a comunidade, de modo colectivo, a descobrir o que era melhor para os seus semelhantes, hoje, apesar de não me agradar, cabe a cada um de nós ajudar o outro a desvendar a melhor forma de expressar o seu talento e colocá-lo ao serviço da comunidade – gosto desta expressão, tão ao gosto dos últimos tempos – de modo a que o impacto seja realmente positivo (!!!).

Nesta relação de win-win, em que convido o meu semelhante a descobrir as suas vocações e aspirações – perdoem-me, mas acho que são mais estas que as outras – e trilhar o seu próprio caminho, penso que tenho um papel importante. Caramba, lá se vai a modéstia!

Fazendo um esforço por me ver como mais um de vós, e sem mais delongas, posso:

  • Ajudar o outro a aprender e a perceber em que áreas do bem-estar o seu potencial de desenvolvimento é maior;
  • Estimular o desenvolvimento da sua inteligência emocional e tirar o melhor partido dela. Esta saiu-me particularmente bem!
  • Apoiar a exploração – cuidado com as más intenções - e definição de metas, bem como a tomar opções, a lidar e analisar os erros, as suas causas e raízes. Atenção, fica sempre bem não esquecer a forma de os resolver e ultrapassar!. Onde é que eu já ouvi isto?
  • Facultar ao irmão – não necessariamente de sangue, como é óbvio – pistas para que possa encontrar o seu rumo e superar-se a si próprio. Lindo!
  • Transmitir por todos os meios – uns emails também servem, desde que tenham belas paisagens, acompanhados por música sublime, e não levem muito tempo a ler – desafios concretizáveis, bem como sentimentos de segurança;
  • Estimular a proactividade – adoro esta! – e o orgulho em sermos amigos e dilectos cooperadores;
  • Promover o reconhecimento do mérito – a maior parte das vezes, vá-se lá descobrir onde – e impelir o outro a colaborar e a utilizar todo o seu potencial ao serviço da sociedade.

 Agora digam que apenas sei escrever a dizer mal.

Com toda a franqueza, digam lá se não consigo escrever de uma forma que, no mínimo, possam dizer encantadora? Digam, se não consigo ter boas intenções? Vá, digam? Porém, não digam o resto que eu advinho …

publicado por Hernani de J. Pereira às 19:38
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Outubro 10 2011

Crise, crise e mais crise. Falamos da crise a torto e a direito, servindo-nos dela para tudo e para nada. Entra-nos, diariamente, porta adentro, como se fosse um reality show, só lamentando que seja de última categoria. Muito se tem falado da crise, como se esta fosse uma nova pandemia que, de repente, sem intervenção de ninguém, a não ser os maus – quem são, onde estão? – se disseminou pelo mundo.

Todavia, na realidade, esta fase em que vivemos é uma das últimas e consequentes etapas da monstruosa crise de valores que se arrasta desde os finais do século passado. Tudo se considera relativo e os novos deuses (mercado, economia, virtual, etc.) têm, infelizmente, muitos seguidores. É normal transaccionar dinheiro e bens virtuais. Bom, deu no que deu. É normal comprar roupa de marca a preços surreais, fazendo os possíveis por ignorar que foram produzidos em países cuja mão-de-obra é paga como nos tempos esclavagistas. É normal educarmos os filhos dizendo sempre sim, uma vez que o não é traumatizante. Depois queixamo-nos! E, claro, fazemos tudo isto ao mesmo tempo que vamos, de vez em quando, dando um dinheirinho para causas que aparentemente nos aliviam a consciência.

É por demais evidente que o “rei vai nu”. No entanto, continuamos a assobiar para o lado e achamos que até vai bem vestido. Aliás, não é por acaso que somos um dos países que apresenta recordes de audiência nos verdadeiros reality shows que, paradoxalmente ou talvez não, retratam exactamente a norma social vigente.

Mas tenhamos esperança. O tempo o dirá! O paradigma está a mudar e algo de novo, obrigatoriamente, surgirá! Qual, não sei? Mas a terra é redonda e, como sabemos, a história repete-se. Aguardemos, então, pelos próximos capítulos.

 

P.S. – Para quem está atento aos media não lhes deve escapar a onda de contestação às políticas governamentais, vaga sempre cavalgada por sindicalistas e activistas de primeira linha do PC e BE. Os ocupas, que, invariavelmente, não passam de meia dúzia em cada acção – vejam-se os casos dos Ministério da Educação e da Economia, bem como das SCUT -, geralmente após conseguirem os almejados cinco minutos do telejornal, desmobilizam. Todavia, numa primeira análise, conseguem os objectivos.

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:44

Outubro 09 2011

Em determinados momentos da nossa vida, todos tivemos e temos amigos que, ética e moralmente, não reflectem os melhores valores, independentemente da subjectividade de tais conceitos, cujo comportamento não foi nem é exemplo para ninguém e muito menos para os nossos filhos. É uma verdade irrefutável, à qual, por muito que se queira, ninguém está imune.

Ora, face a tais atitudes não nos podemos refugiar no tão estafado argumento: não tenho nada a ver com isso. A vida é dele e, por isso, não me meto. Não, mil vezes não! Existem lados errados da vida que nos estão impedidos de trilhar.

Relembrando que há apenas uma coisa que não se escolhe, isto é, a família, recordo igualmente aquele velho adágio “diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és”.

Por outro lado, não é que me recuse a receber lições de moral. Recuso-me, sim, a ouvir prelecções de pessoas que continuamente têm demonstrado não ter autoridade moral para dizer aos outros como hão-de estar, ser e, acima de tudo, como hão-de proceder.

Estou cansado de tanta hipocrisia. Estou farto de ver pessoas que querem, à viva força, demonstrar públicas virtudes mas que simultaneamente possuem vícios privados.

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:38
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Outubro 06 2011

Digam lá? Quem não gostaria de comer queijo da serra em vez do de barra ou de uma marca barata? Pois foi o que durante anos e anos fizemos. Não todos, mas muitos de nós, achámos que tínhamos direito a comer queijo da serra, senão diariamente, pelo menos quando nos apetecesse.

Metáforas à parte, a questão primordial é que estamos todos metidos neste barco, que navega entre o continente e as ilhas (dos Açores e da Madeira). E sabendo que precisamos de total transparência – por muito que nesta última o buraco seja tão grande que é extraordinariamente difícil descortinar seja o que for -, a hora é de nos unirmos, sem demagogias e falsas hipocrisias, tal como o fazemos quando sofremos os efeitos de uma desgraça da Natureza.

Esta é, sem sombra para dúvidas, e socorrendo-me de um conceito básico da matemática, o mínimo denominador comum a que estamos obrigados. Isto se, de facto, queremos justificar o patriotismo, sentimento de que nos orgulhamos como sendo uma das nossas maiores virtudes.

Evidentemente que não faltará quem diga que esta minha opinião pouco terá a ver com as grandes preocupações que, muitos de nós, quotidianamente sentimos. Contudo, como resposta, apelo para a interligação com as questões da ética, as quais, por muito que não queiram, tem tudo a ver com o que crescentemente faz a diferença.

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:05
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Outubro 04 2011

Perguntam-me, por vezes, porque escrevo e intervenho tanto. Mais: imensas vezes, directa ou indirectamente, já me disseram que “ganharia muito” se me calasse. A resposta é simples e dou-a de forma aberta e sem falsos pruridos. Simplesmente porque, sou, sobretudo, alguém comprometido. Detesto pessoas cinzentas, que preferem dizer que são solidários com isto ou com aquilo, mas que, em termos de intervenção activa, se quedam pelo silêncio envergonhado, ou, quanto muito, por “nins”.

Com muitos defeitos, é certo, apontando, algumas vezes, erros sem adiantar soluções, mas também com virtudes, o comprometimento com a vida familiar, profissional e política é, para mim, ponto de honra. Que me perdoem a falta de modéstia mas, como se costuma dizer, é necessário chamar os “bois pelos nomes”.

Assim, a intervenção cívica, tão clara quanto me é possível, não é palavra estéril. A criação e/ou aumento do conhecimento próprio e dos outros, a procura de valor, principalmente a médio e a longo prazo, a identificação permanente de oportunidades, mesmo que impliquem grandes riscos, o alinhamento em missões, procurando, deste modo, alcançar objectivos mais altos, a disposição em dar, sempre que necessário, e como dizem os ingleses, o extra-mile, a procura contínua da optimização de processos e a redefinição de atitudes, bem como a partilha de ideias, indagando novos conceitos, produtos e serviços, são actos sérios de comprometimento de que não arredo pé.

Por isso, não “curvo as costas” e muito menos espero prebendas ou migalhas, uma vez que sei, de antemão, e tendo em atenção o género de pessoas que, de perto, nos governam, que tal só é possível quando nos colocamos em alinhamento. Bem sei que jamais pensarão que diferenciação é sinónimo de progresso.

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:32

Outubro 03 2011

(…)

Tudo aconteceu, naquela manhã de domingo, dia em que o centro da cidade mais está despovoado. O local, cercado de casas elegantíssimas, com portas de três vãos, erguidas em lotes estreitos e profundos que marcam a alma da cidade, não foi escolhido ao acaso.

Depois dos cumprimentos de circunstância, Ricardo exclamou:

- Olha que este encontro não foi fortuito.

E acrescentou, de imediato, como pretendesse reforçar a ideia:

- Acredita que não foi mera obra do acaso. Há tempos que sei que, domingo após domingo, quase invariavelmente, por aqui passas.

Francisca, sorrindo, e sentindo, intimamente, um prazer inusitado, para si própria, pensou:

- Por quem me tomas, isso já eu sabia há muito.

Apesar de nada ter verbalizado, simplesmente abriu os seus finos e bem desenhados lábios para esboçar um sorriso que espelhavam aprazimento.

O que era para ser um breve diálogo, naquela manhã de um sol radioso brilhando sob um céu imensamente azul, por conjunturas que a ambos satisfazia, prolongou-se por largos minutos. O deslumbramento que sentiam, era, sem darem por isso, também fruto do contágio dado por tudo aquilo que os rodeava. O ambiente tranquilo, bucólico até, em que o ferro forjado dos varandins daquelas casas, cujo estilo se semelhava ao gótico, se podia comparar às rendas em croché que muitas das avós ainda conservam como uma riqueza sem preço, aumentava o prazer que sentiam pela mútua companhia.

Por isso, o convite para o café que Ricardo formulou nada de estranho teve. Numa mesa ao fundo do Café-Pastelaria Recantos, a salvo dos olhares mais indiscretos, a conversa fluiu, as palavras soltaram-se e ambos redescobriram tesouros antigos que tinham tentado esconder. Aliás, sem sucesso, como bem constaram. Sentimentos que, apesar de sempre terem estado presentes, pelo menos no subconsciente, os seus apressados passos nos itinerários quotidianos tinham relegado para lugares mais ou menos recônditos.

À pausa para o café, seguiu-se um passeio, não de mão-dada, apesar de ser o que mais desejavam. Todavia, após tantos anos, em que as suas vidas não se cruzaram, era necessário dar tempo ao tempo. E de tudo continuaram a falar. Palavras há muito caladas brilharam com uma rara eloquência. O rumo que as suas vidas, entretanto, tinha tomado, a família, os amigos, os projectos futuros e, essencialmente, dos adiados, entre tantos outros, de tudo foi falado.

Em andar lento, admiraram a paisagem dada pelas acácias no seu tom verde a tender para o amarelado, pois o Outono aproximava-se a passos largos. O Parque das Mónicas acolheu-os sob as suas centenárias árvores. Sentados num banco admiraram o rio correndo, lá em baixo, de forma pachorrenta e num azul reflectido, curso de água cantado e que os encantava.

Após uns momentos de silêncio, em que cada um tentava adivinhar o que o outro estava a cogitar, Ricardo, mais uma vez, olhou-a longa e demoradamente, mergulhou nos seus belos olhos castanhos e, num rasgo de coragem, disse o que há horas lhe avassalava o peito:

- Francisca, bem sei que o que vou dizer é, hoje em dia, antiquado e se qualquer jovem o ouvisse a primeira coisa que faria era desdenhar, se é que não comentasse com algo bem pior. Todavia, por continuar a ser um romântico e, sobretudo, um cavalheiro, algo que faz lembrar arqueologia (!!!) – ou será antropologia? -, atrevo-me a correr o risco. Se não gostares, paciência …

Francisca, espicaçada pela curiosidade, mas antevendo que as palavras que aí viriam não lhe desagradariam, bem pelo contrário, com um sorriso que deixava ver os seus belos lábios pintados de um vermelho vivo – lábios que tanto o tentavam -, retorquiu

- Caramba, Ricardo, deixa-te de rodeios e fala. Diz o que tens para dizer. Estás a deixar-me em “pulgas”!

Ricardo, meio titubeante, mas fortalecido pela veemência das palavras que acabara de ouvir, disse:

- Sabes que jamais esqueci o teu carinho, a tua paixão e a oportunidade dos teus conselhos? Sempre recordei, mesmo nos momentos de maior desânimo, a delicadeza com que a todos tratavas e a simpatia que colocavas em tudo o que tocavas. Mesmo nos momentos em que, por ti, sentia uma raiva imensa, a memória que guardava comparava-a a um belo pano de linho, fino, belo e, simultaneamente, urdido fortemente. Crê que não houve um único dia que não pensei em ti.

Francisca, após breves fracções de segundo, com um olhar luminoso, que reflectia o que lhe ia na alma, apenas inclinou a cabeça e o beijo, longo, ardente, há tanto tempo ansiado, surgiu. A paixão brotava em todo o seu esplendor e a reabilitação do adormecido sobreveio. As suas bocas encontraram-se, ora terna, ora furiosamente, numa sofreguidão, num torvelinho de emoções cavalgantes, como pretendessem, naquele momento, saldar toda a dívida de anos de saudade, angústia e desespero.

(…)

(Excerto)

publicado por Hernani de J. Pereira às 16:37
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Outubro 02 2011

Recordam-se da canção dos Deolinda “Parva que sou”? Há uns meses, não muitos que já tenhamos esquecido, deu voz a uma geração que, sendo a mais qualificada que o país já teve, não conhece outra realidade profissional que não seja o desemprego e/ou a precariedade. Aquela melodia tornou-se um grito de revolta entre milhares e milhares de jovens que saíram das universidades portugueses e saltitam de estágio para estágio, a maior parte das vezes sem remuneração, vivendo permanentemente em casa dos pais até aos trinta e mais anos, também, por isso, designada geração da casinha dos pais.

Contudo, numa radiografia muito linear ao país, é fácil descortinar que, hoje fruto de políticas socialistas de má memória, é cada vez mais o número de portugueses naquelas condições, uma vez que àqueles se tem juntado, dia após dia, toda uma legião de menos jovens, muitos deles detentores de graus de pós graduação ou mestrado, a terem de viver na incerteza do dia de amanhã, isto é, a viver do subsídio de desemprego, enquanto dura, e depois sabe-se lá como.

E, no momento de apurar culpas, ninguém sai ileso. Se de um lado se aponta o fracasso às políticas governamentais entretanto seguidas, bem como às universidades que insistem, no caso dos mais jovens, em abrir cursos sem saída profissional, do outro aponta-se o dedo às reivindicações exageradas e ao mau desempenho/fraca produtividade dos portugueses, não esquecendo os erros de gestão por parte do patronato, o que tem acarretado o fecho de inúmeras empresas e ao consequente aumento de desemprego.

É um cenário com que, infelizmente, convivem milhares de jovens e menos jovens portugueses e que os leva a pensar, tal como a música inspira “que mundo tão parvo onde para ser escravo é preciso estudar”.

E, face a esta constatação, o que fazer? Cada um deve responder, sabendo, de antemão, que a situação, tal como a vivemos até agora, não pode, de modo algum, continuar.

publicado por Hernani de J. Pereira às 22:48
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Análise do quotidiano com a máxima verticalidade e independência possível.
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