Digo-vos, com toda a franqueza, que depois da última comunicação ao país de Passos Coelho tenho andado a necessitar seriamente de uma cura. Sinto-me carente de um tratamento que me dê outro alento. Por isso, a psicologia, a filosofia, o desporto e – porque não? – também a espiritualidade devem ser lacunas a preencher. Já que o dinheiro e os amores não são problema (!!!).
Necessito que haja alguém que trabalhe comigo, conduzindo-me à mudança e ao incremento de novas performances, de modo a reequilibrar a vida, alcançar novos objectivos, solucionar problemas, melhorar a comunicação e definir diferentes caminhos para a carreira profissional e pessoal, entre tantos outros.
Quero voltar a ter imensas oportunidades de viajar, férias de sonho, ter uma agenda muito preenchida, onde abundem imensas “distracções” e a cultura e o divertimento andem de mãos-dadas, visando, assim, o equilíbrio da vida pessoal e profissional com vista a influenciar positivamente o que me rodeia.
Bem, caro leitor, se entre o que acabou de ler e a realidade existe algo, tal não passa de mera coincidência. Podem apostar!
Sendo certo que as medidas anunciadas, no p.p. dia 13, pelo primeiro-ministro são brutais, a verdade manda dizer que não existe alternativa. Ou melhor, alternativas existem, mas são muito piores. O não pagamento da dívida, ou mesmo renegociá-la, a saída do euro, etc., tal como é defendido pelo PC e pelo BE, para além do descrédito, era a bancarrota total, acarretando a obrigatoriedade da nacionalização da banca, seguros e todos os grupos económicos, por causa da fuga de capitais, bem como uma espiral inflacionista medonha, e ainda a impossibilidade de comprar o que quer que seja ao estrangeiro – produtos alimentares, por exemplo – devido à falta de divisas, entre tantas outras catástrofes.
Vejam o que aconteceria – outro mero exemplo - às nossas casas e carros. Como a maioria destes bens se encontram hipotecados, por via de empréstimos bancários, com a nacionalização tudo passaria para o Estado. Mas se este problema não bastasse, com a saída do euro e o retorno do escudo, este teria, no mínimo, de desvalorizar 50%. Como é que poderíamos, então, comprar o petróleo e outros bens de primeira necessidade de que tanto dependemos? Voltaríamos a andar a pé ou de bicicleta e a comer pão e a beber água?