Digam lá? Quem não gostaria de comer queijo da serra em vez do de barra ou de uma marca barata? Pois foi o que durante anos e anos fizemos. Não todos, mas muitos de nós, achámos que tínhamos direito a comer queijo da serra, senão diariamente, pelo menos quando nos apetecesse.
Metáforas à parte, a questão primordial é que estamos todos metidos neste barco, que navega entre o continente e as ilhas (dos Açores e da Madeira). E sabendo que precisamos de total transparência – por muito que nesta última o buraco seja tão grande que é extraordinariamente difícil descortinar seja o que for -, a hora é de nos unirmos, sem demagogias e falsas hipocrisias, tal como o fazemos quando sofremos os efeitos de uma desgraça da Natureza.
Esta é, sem sombra para dúvidas, e socorrendo-me de um conceito básico da matemática, o mínimo denominador comum a que estamos obrigados. Isto se, de facto, queremos justificar o patriotismo, sentimento de que nos orgulhamos como sendo uma das nossas maiores virtudes.
Evidentemente que não faltará quem diga que esta minha opinião pouco terá a ver com as grandes preocupações que, muitos de nós, quotidianamente sentimos. Contudo, como resposta, apelo para a interligação com as questões da ética, as quais, por muito que não queiram, tem tudo a ver com o que crescentemente faz a diferença.