Como o nosso bom povo costuma dizer, tudo o que é de mais é impossível de aguentar. É o que se passa com a Região Autónoma da Madeira, onde novo “buraco” financeiro foi descoberto, ou seja, para além dos 568 milhões de euros em dívida anteriormente sabida, relativa ao ano corrente, soube-se hoje que, afinal, o calote contempla mais 1113 milhões de euros concernentes aos anos de 2008 a 2010, obrigando a rever os valores dos respectivos défices, conforme divulgado pelo INE e Banco de Portugal. E se ficarmos só por aqui!!!
Irra, já basta de tanto desconchavo. Já não chegava a imprensa internacional dizer, recentemente, tanto mal de José Sócrates – e com razão – para agora ouvir o mesmo do PSD-Madeira?
Ora, se quem não deve não teme, também não é menos verdade de que quem deve cada vez mais, quem fura todas as normas e regulamentações, para além de se colocar fora da lei, é perigoso e indigno de confiança, quando ainda por cima o faz uma, duas, três … contínuas vezes.
Se ninguém pode acusar Alberto João Jardim se aboletar de qualquer importância, o certo é que é fácil para qualquer um fazer obras, por muito caras e ostentosas que sejam, se houver alguém que, mais cedo ou mais tarde, as pague, ou seja, no dizer daquele político, os cubanos do continente.
Por isso, o actual governo só tem uma hipótese: não pactuar com mais este grave dislate e, assim sendo, deve colocar, de uma vez para sempre, a Madeira na ordem. Caso não queira submeter-se à legalidade, deixando para sempre de ultrajar todos os restantes portugueses, só veja uma solução: peçam a independência. Por minha vontade há muito tempo que a tinham.