O outro dia, alguém chegou junto de mim e disse que se me calasse teria muito a ganhar. Algo, aliás, que não é novo, pois, em tempos próximos, emails de igual teor recebi. A uns e a outros respondi e continuarei a responder: evitem perder tempo em prometer-me o céu e a terra, pois enquanto pensar que tenho razão e a voz – e já agora, também, os dedos - não me doerem, não me calarei.
E, observando o que se passa depois da exposição pública dos factos, cada vez mais me convenço, sem necessidade de me colocar em bicos de pés, coisa que, aliás, abomino, de que vale a pena lutar. Parafraseando um político, há que, acima de tudo, preservar “o direito à indignação”.
Vejam-se, de entre outros casos, os dois seguintes: o relógio que, durante mais de meio ano, esteve adiantado quase cinco minutos, fazendo parecer que a maioria dos professores chegava atrasado, foi finalmente acertado. Safa! Demorou, mas mais vale tarde que nunca. De qualquer modo, parabéns, apesar de não terem cumprido mais que o devido. Já agora não venham dizer que tais situações se ficam a dever ao facto de ser apenas uma pessoa a tomar conta da “casa”. Quem acha que não tem poderes ou condições, não aceita o cargo ou, quando descobrir que não tem classe para o levar a bom porto, demite-se.
Outro exemplo: a comunidade educativa sabia que o conselho geral transitório reunia de vez em quando. Porém, como atempadamente aqui foi denunciado, não se sabia quando e muito menos para quê. Bem, hoje, pela primeira vez, vi afixada a convocatória para a próxima reunião. Bem sei que não é muito, mas já é um começo. Falta a minuta e, por isso, aguardo por novos desenvolvimentos.
A talhe de foice, “adorei” saber que há colegas dos órgãos de cúpula a dizer que as minutas devem ser mais reduzidas, isto é, mais condensadas – mais? Caramba, então não divulguem nada(!!!) -, uma vez que passam a vida a serem questionados. Prometo voltar a este assunto para difundir os órgãos e os respectivos iluminados.