Para quem, como eu, gosta de futebol, socorrer-me desta modalidade para sublinhar e realçar o que se passa no nosso dia-a-dia não é somente coincidência. É observar que, como tudo na vida, os bons resultados não são fruto do acaso.
Por exemplo, quem viu na última quinta-feira os jogos Benfica-Braga e FC Porto-Villarreal, a contar para as meias-finais da Liga Europa, constatou no primeiro um equilíbrio de forças, apesar de acabar com a vitória à tangente do clube das águias, enquanto que no segundo a supremacia dos dragões foi absoluta, pelo que a goleada em nada teve de estranho, apesar do adversário ser de outro gabarito.
Fazendo, pois, alguma analogia, também esta Escola, actualmente, joga para os mínimos. Empata, enrola a bola, passeia-se pelo meio campo, falta-lhe frescura física, raramente remata à baliza do adversário, cai e pior, simula faltas, queixa-se do árbitro, e quanto a meter golos, com toda a franqueza, raramente marca ou quando o faz, uma parte substancial, é na própria baliza.
Em tempos que já lá vão, jogava-se à campeão e os resultados apareciam naturalmente. Pelo menos em muitos quilómetros em redor não havia quem igualasse. E a prova aí estava, devidamente publicada, ano após ano, hoje, mais que nunca, reconhecida. A autoridade exercida, a gestão criteriosa – recordam-se que, já então, era dito que necessitávamos de contenção? -, aliado a práticas pedagógicas bem conseguidas e um exemplar acompanhamento – perdoem a imodéstia –, prova de eficiência durante todas as horas e dias, incluindo fins-de-semana, resultava em goleadas.
Todavia, tal como hoje, isto é, onde muitos continuam a preferir ser enganados, iludidos pelas artes mágico/cénicas de José Sócrates, também, em tempos, pessoas houve que optaram por correr atrás de miragens, acreditar em amanhãs que haviam de brilhar constantemente, de hossanas que jamais deixariam de se ouvir e encantar. No fundo, os seus ouvidos decidiram render-se ao canto das sereias. Bem sei que, hoje, têm a certeza que se deixaram enganar. E, pouco a pouco, muitos começam a reconhecer publicamente que fizeram parte de um logro, ou seja, chegaram à conclusão que tais santos não passavam de figuras com pés de barro. E, tal como diz o ditado, agora “torcem a orelha, mas ela não deita sangue”.
Contudo, enquanto há vida há esperança e mais cedo que tarde, os verdadeiros valores hão-de levantar-se. É necessário acreditar!