Pouco a pouco vamos sabendo algo mais sobre a já tão famigerada crise que tanto nos faz sofrer e que, infelizmente, ainda nos vai forçar a mais sacrifícios. Por muito que os socialistas queiram “tapar o sol com a peneira”, por muito que dominem os media e a máquina estatal, a verdade, tal como o azeite, há-de vir ao de cima.
Por exemplo, na semana em que José Sócrates, depois de tantos adiamentos, os quais vamos pagar dolorosamente, decidiu avançar para o pedido de ajuda internacional, praticamente não havia dinheiro nos cofres do Estado. Ou melhor, havia cerca de 300 milhões de euros que não dava sequer para pagar os juros da dívida que se venciam de imediato, quanto mais para pagar os vencimentos e pensões.
E, de acordo com Eduardo Catroga, coordenador da equipa do PSD perante a troika, “é possível pôr ordem nas contas públicas sem despedir funcionários ou cortar salários, bastando, para isso, cortar no Estado a enorme gordura que o satura, não sendo, de modo algum necessário penalizar sempre os mesmos”. Chamo a atenção de que isto não é dito por alguém sem credibilidade, pois, segundo fontes da Comissão Europeia, a delegação partidária chefiada por aquele economista e ex-ministro das Finanças, foi a “mais bem preparada”.
Por outro lado, é também do conhecimento público que o programa socialista, apresentado esta semana, propõe agora “Defender Portugal”, quando há dois anos, aquando das últimas legislativas, era “Avançar Portugal”. Sintomático!
Também, um estudo do Instituto Superior de Economia e Gestão, revela que, entre 1985 e 2008, a desigualdade social se agravou e que, actualmente, a pobreza atinge uma em cada cinco crianças portuguesas. Recorda-se que os socialistas dirigiram os destinos deste país em treze dos últimos quinze anos. Mas, parafraseando o nosso primeiro, a culpa é de todos – da oposição, da conjuntura internacional, do fado, do futebol e quem sabe, até, de Fátima - menos dos socialistas.
Já agora, também hoje foi dado à estampa que José Sócrates, o grande defensor da escola pública – a modernização das escolas secundárias, através da Parque Escolar, já vai quase nos 2 000 milhões de euros –, afinal tem os filhos em colégios particulares de elite: Colégio Alemão e Colégio Moderno. Característico!