O Tribunal Constitucional decidiu pronunciar-se no sentido da inconstitucionalidade da suspensão do modelo de avaliação dos docentes, aprovada pela Assembleia da República, tendo, de imediato, surgido as mais diversas reacções.
Assim, não me admira as palavras da Ministra da Educação que afirmou “considerar a decisão do TC uma vitória para as escolas, uma derrota do oportunismo partidário e da caça ao voto da oposição”. Atitude de igual teor teve-a, como é óbvio, o PS.
Já os partidos da oposição manifestaram o seu pesar, tendo Pedro Duarte, vice-presidente da bancada parlamentar do PSD, bem como, mais tarde, o próprio líder, Pedro Passos Coelho, prometido, caso o PSD seja chamado a formar Governo, revogar o actual modelo de avaliação dos professores e apresentar uma nova proposta de avaliação.
Colocadas como estão, na mesa, todas as cartas referentes a este assunto e tendo presente que
- a maioria dos professores recusa-se, por questões de ideologia e radicalismos, votar BE, PC e CDS;
- obrigatoriamente há que pensar na questão do voto útil;
- é por demais evidente a recusa, por parte dos docentes, em aceitar este modelo de avaliação, por o mesmo ser extremamente burocratizado, centralizador, subjectivo e, para agravar, operacionalizado, na maioria das vezes, por pessoas que menos prática têm e sem possuírem quaisquer conhecimentos de supervisão pedagógica ou outra;
- os docentes, diariamente nas escolas e em tantas e tantas manifestações públicas, têm demonstrado não querer, novamente, José Sócrates à frente do governo saída das próximas eleições,
e, apesar de, à semelhança dos restantes portugueses, também os docentes, por vezes, gostarem de ser enganados, de preferirem alguém que, com promessas falsas, os iluda, parecendo adorar viver num país do faz-de-conta, estou certo que no dia 5 de Junho, saberão, de forma consciente, onde votar.