(…) Então a mãe dos filhos de Zebedeu aproximou-se de Jesus com os filhos e prostrou-se para Lhe fazer um pedido. Jesus perguntou-lhe: «Que queres?» Ela disse-Lhe: «Ordena que estes meus dois filhos se sentem no teu reino um à tua direita e outro à tua esquerda» (…) (Mt 20, 17-28).
E, tal como há dois mil anos, também hoje quantos não querem e, por isso, tudo fazem para se sentar, infelizmente não ao lado de Jesus Cristo, mas à mesa do poder?
Todos bem os conhecemos! Para alguns, é indiferente a mesa e o “senhorio”. O importante é que os sirvam. Outros, contudo, sabem que apenas em determinadas mesas se podem banquetear. E de que modo o pretendem ser?
Todavia, estes últimos, isto é, aqueles que por facção ou ideologia se arrogam no direito de serem servidos, são os mais perigosos. O lema “quem não é por nós, é contra nós” rege-os de modo constante e, até, despótico. E ai daqueles que coloquem em causa a sua pseudo-legitimidade, mesmo quando esta jamais lhes foi outorgada pelo voto de quem quer que seja.
Aliás, não é por acaso que já lá diz o ditado: “não sirvas a quem serviu, nem peças a quem pediu”.
Honra e glória, porém, aos que servem sem outros fins que não seja a doação. São poucos mas existem e, ditosamente, conheço alguns. Deles será o Reino dos Céus.