Anseio por um modo de estar e agir em que a regra de relacionamento deixe de ser a desconfiança. Como gostaria que o grau zero desta nos atingisse a todos, sem excepção, de forma a terminar com a cultura da suspeição.
Como adoraria inventar um desígnio, uma forma distinta de viver, em que a palavra fosse honra e valesse como Lei. Palavra sincera e credível, como não pode deixar de ser. Porquê submetermo-nos à argumentação sem sentido, incoerente, avulsa até? E, para agravar, a maior parte delas são perfeitamente inúteis, repetitivas e ridículas, mais não servindo que a fomentação generalizada da desconfiança e que, na prática, se traduzem em elevados e desnecessários custos?
Porque não nos ficamos única e simplesmente pelas palavras «amo-te» ou «gosto de ti»? Não será mais vantajoso usar o diálogo simples, concreto e conciso, em vez de garatusas, por mais bem elaboradas que sejam?
Corro e percorro caminhos (des)avindos, salto e sobressalto-me, em busca da palavra antiga, com valor, a qual possuía um único sentido: o da verdade.
Será que há muito perdi o que ainda não encontrei?