De acordo com determinadas pessoas a construção da posteridade deve basear-se na tensão entre uma massa amorfa “apoiada” num plano de vacuidade. No fundo, trata-se de um jogo de reticências, algo do género “faz de conta”, em que parece existir uma nítida sensação de que a matéria mais pesada levita sobre a mais leve e vice-versa. Ou seja, sem rumo e ao sabor da perenidade dos dias.
Por outro lado, com a aplicação de tais conceitos observa-se a não existência de qualquer premissa do colectivo com vista a (re)criar um novo ambiente, até porque, no fundo, não se deseja destrinçar com facilidade as várias etapas. Desta forma não nos podemos admirar da possibilidade do surgimento de uma certa desanexação do exterior em relação ao interior, sendo que a flamância corre sérios riscos de não continuar a enfatizar o que se pensava devidamente estruturado.
E se a intenção é preservar a implantação do "novo", há que ter em atenção que, num ápice, às vezes sem darmos por isso, o novo se faz velho. Nada disto se assume como recente e, por isso, não pode ser passado em vão. E o ressurgimento de antigas patologias só se combate com a reabilitação de outras visões.
Também não deixa de ser verdade que a dificuldade em mostrar e partilhar, por vezes, afectos encontra uma ligação formal muito estreita, a qual corre o risco de se inserir numa paisagem que, paulatinamente, se constrói agrestemente, mas que, paradoxalmente, se pretendeu de grande tranquilidade e inalterada nas suas características intrínsecas.