Segundo consta a “Mealhada” quer saber como a “Pampilhosa” se mantém muito à frente no ranking dos exames nacionais, pelo menos, desde que estes começaram a ser publicados. Indagam sobre os métodos usados, as estratégias implementadas e, fundamentalmente, quais foram as soluções encontradas.
Desde já lamento que, apesar de ao longo dos últimos anos, ter escrito e dado entrevistas aos media sobre tal facto, poucos se tenham debruçado sobre tal. Mais: não queriam saber, assobiavam para o lado e, simultaneamente, desvalorizavam o assunto. Agora, que o assunto é motivo de alguma disputa política, quando os autarcas se digladiam na praça pública sobre esta temática, aqui d’el-rei toca a reunir as tropas para encontrar respostas.
Sendo certo que, neste campo, não existem milagres, a resposta está no elevado profissionalismo dos docentes, na entrega afincada dos funcionários e, fundamentalmente, no trabalho denodado dos alunos, bem como no acompanhamento próximo das respectivas famílias. Todavia, como já tive oportunidade de, por diversas vezes fazer notar, é conveniente e é de toda a justiça salientar também o esforço - na retaguarda, é certo, mas não menos importante - do órgão de gestão. Sentido de responsabilidade, dando o exemplo antes de o pedir, exercício de autoridade sem receio de ser apelidado de autoritário, uma melhoria constante das consições de trabalho - quer físicas, quer materiais -, assim como uma rendição total ao cargo e uma forte ligação à comunidade.
E, tal como já aqui escrevi - http://omeupontodevista.blogs.sapo.pt/218236.html -, o meu lamento vai também por se seguir o exemplo de quem não tem provas para dar. Por isso, reafirmo que se querem alcançar igualmente bons resultados, copiem, adoptem os mesmos rumos, apliquem os mesmos processos. Com toda a franqueza, receio que a aplicação do contrário do aqui anunciado, como o que está presentemente a acontecer, faça com que os maus resultados se estendam a todas as escolas.