Quem assistiu ficou, como o nosso povo costuma dizer, "de queixo caído". Bem, o caso não era para menos, pois o agora inaugurado causou a maior das admirações. Como é habitual neste tipo de cerimónias, compareceu um público heterogéneo, interessado e propício para a realização de contactos bilaterais e conversas de corredor. Lá estavam os profissionais do sector e outros com as mais diversas afinidades, opinion-makers e decisores políticos dos mais variados quadrantes, sobretudo afectos à(s) governação(ões) – leia-se boys -, bem como institucionais das áreas de marketing, recursos humanos, comunicação, administração, gestão, logística, oriundos não se sabe bem de onde, mas notava-se que representavam grandes centros de interesse económico e social.
As “etapas” do evento constituíram-se em plataformas de excelência para a presença dos visitantes, os quais encontraram um formato acessível, dinâmico e inspirador de soluções para a esperada retoma económica, educativa e não só. As novas tendências, sempre constantes neste tipo de (re)edições, marcaram, uma vez mais, presença de forma expressiva, nomeadamente com o enquadramento que a organização deu às cerimónias, no âmbito das preocupações com a responsabilidade social, a sustentabilidade e a preservação do ambiente.
E não é por acaso que a entidade responsável tem já em preparação novo(s) evento(s) para 2011, com vista a que continue(m) a ser – como foi reafirmado por aquela e reconhecido pelos profissionais do sector – “autêntico(s) palco(s) para a inovação, troca de experiências e lançamento de grandes novidades”.
Após o descerramento da placa alusiva, único facto que, no meio de tanta euforia, não correu lá muito bem, pois, para além, do cordão, após várias tentativas, não se ter soltado, quase obrigando o governante a adquirir uma tendinite no braço direito, todos ou quase todos verificaram que existia um erro naquela – onde deveria estar “Inauguração” encontrava-se gravado “Inaugurassão”-, episódio, aliás, logo desculpado por fonte ligado ao ME, a qual afirmou não interessar como se escreve, mas sim que nos façamos entender.
Como é óbvio, a administração apelou ao uso de critérios irreversíveis de exigência, qualificação, profissionalismo e transparência. Adiantou, ainda, que, o agora inaugurado, é algo que vem, de certa forma, revolucionar todas as práticas até agora em uso, pois foi pensado numa óptica de utilização dinâmica, interactiva e criativa.
No final dos discursos, atentamente escutados por todos os presentes, onde o poder de oratória e as sábias palavras foram nota de timbre, caindo fundo nos corações dos bem-aventurados, houve lugar a um beberete onde não faltou o partir do bolo que serviu de remate final a tão digno acontecimento.
P.S. – Qualquer semelhança entre as palavras acima escritas e o que aconteceu ontem em qualquer das 100 escolas/centros educativos (re)inaugurados é pura coincidência. Será?