Em função dos usos, a intervenção dos equipamentos sociais deve ter em consideração a respectiva orientação, de forma a conseguir tirar o máximo partido dos mesmos. Os espaços mais ou menos rurais e até, de certo modo, urbanos foram sendo construídos de modo a beneficiar dos aludidos equipamentos, configurando um desejo de autonomia. Este ensejo pretendia – de propósito falo no passado - ligar os espaços limítrofes de modo concêntrico, envolvendo-os.
Falo, é claro, principalmente das escolas das nossas aldeias e vilas espalhadas pelo Portugal profundo, mas também de outros equipamentos de saúde, desportivos e culturais.
Ora, se os principais membros se soltam do corpo principal, o que resta? Meros apêndices, facilitadores do surgimento de espaços vazios, intervalos de aridez e, fundamentalmente, da separação entre os demais.
Já agora, e a talhe de foice, pergunto como é possível encerrarem sete escolas do 1º Ciclo no concelho de Mealhada (Vimieira, Canedo, Carqueijo, Cavaleiros, Entroncamento, Mala, Travasso) e oito em Anadia (Cerca, Grada, Óis do Bairro, Álfeolas, Amoreira da Gândara, Famalicão, Monsarros, Póvoa do Pereiro)? E alguém me consegue explicar porque no concelho de Cantanhede não fecha nenhuma?
Será porque uns dizem ámen a tudo, enquanto outros sabem defender os interesses do seu concelho?