O meu ponto de vista

Julho 31 2010

Eis-me, de novo, por terras algarvias. E o certo é que a minha presença por estas bandas vai muito para além de um simples passeio. É, antes de mais, uma participação activa mediante dois tipos de acções: uma de cultura, baseada no rastreio gastronómico e paisagístico; a outra de relaxamento, oferecendo, a mim próprio, muito sol e praia. A preços convidativos, acrescente-se.

Contrariando aquilo que em nós é tradicional, procuro olhar estes dias pela positiva, afastando a carga, a maior parte das vezes negativa, que suportamos nos restantes meses do ano. Conhecimento, sensibilização e proactividade são alguns dos traços de uma mensagem muito simples, pois sabe-se que quando as pessoas definem objectivos e lutam por eles, conseguem alcançá-los.

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:01
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Julho 30 2010

Quem, hoje, se deu ao trabalho de consultar os jornais, navegar pelos blogs e pelas mais diversas redes sociais, quem ouviu rádio e viu televisão, reteve na memória uma notícia comum: a morte do actor e encenador António Feio.

Por isso a dúvida em escrever este texto, também ele uma humilde tentativa de homenagem. É que, após ter lido textos tão eloquentes, de tão elevada panegírica, de ver vídeos e mais vídeos, uns antigos, outros mais recentes, tive dúvidas de que mais meia dúzia de linhas acrescentasse algo ou fizesse a diferença.

Venceu a ideia de que mais vale pecar por excesso!

Para quem, como eu, sabe o que é o acompanhamento de alguém com um cancro de pâncreas, a luta, a tenacidade, o discernimento e, porque não dizê-lo, a luz, que somente o sofrimento acarreta, protagonizada pelo António Feio e tantos outros é exemplar. Sempre me admirei, mas cada vez mais há em mim a certeza de que a consciência do fim da vida terrena dá uma clarividência tal que torna as pessoas, nessas condições, imensamente assertivas. E como isso, estranhamente, é maravilhoso!

Paz à tua alma. E, de uma coisa podes ter certeza: isto não é nenhuma treta. Até sempre António.

publicado por Hernani de J. Pereira às 22:28

Julho 28 2010

Pois é! Podia lançar foguetes, mas não o faço. Podia rir-me a bandeiras despregadas porque o poder se lhes foi, mas não consigo. Podia ficar contente por terem passado de reis a viscondes, mas seria perder tempo.

E, fundamentalmente, não o faço porque todo o processo é risível e quem acabará por mais sofrer com as consequências negativas – são bem mais que as positivas – serão sempre os mexilhões. Leia-se alunos, docentes e comunidade em geral.

É uma verdade que, em princípio, somente em Setembro próximo, se Deus quiser, nos voltamos a ver. Em que situações pedagógicas, disciplinares, administrativas e de camaradagem só Deus sabe. Todavia, para mim, temo que em todos os aspectos, infelizmente, será para pior.

Mas o que podemos fazer? São os tempos e os homens - a todos os níveis - que nos comandam a levar a este estado de coisas. Vamos ter esperança que rapidamente se vão. Dou-lhes um ano e … depois muita coisa, certamente, mudará.

Actualmente, com o “coração na boca”, temos que assistir, o mais impávidos possível, ao assalto do poder dos menos capazes. E, o pior é que não se capacitam da sua ineficiência, com vista a melhorarem a sua performance. Não, bem pelo contrário, dão ares de "grandes senhores” e, por isso, acima de qualquer reparo.

Até lá, há que resistir, fazendo "das tripas coração". Mas que nos desgosta, que nos dói, nisso estamos inteiramente de acordo.

Sinceramente, foi um ano perdido. Como será o próximo?

publicado por Hernani de J. Pereira às 16:35
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Julho 27 2010

A verdade sofre-se em silêncio. Por isso não magoa e não necessita de ser apregoada aos quatro ventos, pois, tal como o azeite, aparecerá sempre à tona, por muito que a queiram misturar com outras coisas.

E, já agora, para os que crêem apenas no que vêem, recordo um trecho de uma das leituras do domingo passado: Porque Me viste, acreditaste. Bem-aventurados os que, sem terem visto, acreditam (João 20:24-29).

publicado por Hernani de J. Pereira às 10:57

Julho 26 2010

Será que existe uma utilização eficiente dos sentimentos? Há quem defenda que sim e que não carece de demonstração, pois, como todos sabemos por experiência própria, tal pode traduzir-se no sucesso ou insucesso do projecto de vida pessoal e profissional.

Contudo, desenganem-se os que pensam que aquele pressuposto é fácil de conjugar. Aos factores tradicionais (considerados escassos ou finitos), tais como bens materiais, idade, beleza, entre outros, há que contar com os endógenos. E para agravar, ultimamente, isto é, mais concretamente nas duas últimas décadas, tem havido alguma persistência para adicionar outros: o empreendorismo, pela importância que tem para a inovação do dia-a-dia, e o ambiente, pela consequência que acarreia para a continuidade da vida afectiva e sua sustentabilidade.

O leitor a esta hora já, de certo modo, céptico, perguntará e bem: mas como alcançar a eficiência na gestão da afectividade? A questão é pertinente e compreende o respectivo cerne. Os especialistas em inteligência emocional não têm uma resposta clara e objectiva. Porém, enumeram vários benefícios tangíveis e quantificáveis, a saber: todo o desperdício vale dinheiro; revisão crítica de atitudes e gestos; redesenho dos “circuitos”; e, por último, reengenharia para a “produção” da positividade.

publicado por Hernani de J. Pereira às 22:21

Julho 23 2010

O texto, anteontem, aqui publicado levantou uma série de questões, pelo que é curial e propositado a continuação do mesmo para uma melhor explanação.

Nesta ordem de ideias, e porque todos queremos e almejamos viver mais e melhor, é conveniente atentarmos em alguns pressupostos, cuja ordem é perfeitamente arbitrária:

  • Faça uma listagem dos seus atributos. É muito fácil identificar os seus principais dons, analisá-los e, posteriormente, basta apostar neles;
  • Procure dar respostas simples e directas. Trata-se de um treino mental e de acessível aplicação, o qual tem efeitos extraordinários no sucesso dos seus projectos;
  • Demande no seu coração a resposta aos múltiplos problemas. A maior parte das vezes basta, para isso, que se deixe relaxar;
  • Tenha em atenção as opiniões externas. Para ver o quanto esta acepção é importante basta recordar que, por exemplo, foi um porteiro da Pepsodent que teve a ideia genial para aumentar o volume de vendas. Afirmou que a questão não estava no produto ou na embalagem, mas sim no diâmetro do furo de saída, bastando aumentá-lo para que os clientes consumissem mais. Parece anedota, mas é uma das estratégias mais divulgadas nos manuais de marketing e gestão;
  • Dê um sentido à sua vida. Escreva numa folha de papel o seu projecto de vida e depois desenhe linhas a partir desta para outras palavras-chave, estabelecendo relações umas com outras;
  • Tenha um pensamento afirmativo para cada questão. Um espírito positivo transparece no seu olhar, automatizando um sorriso no seu rosto.

E, como, um dia, Raul Solnado disse: agora façam favor de serem felizes.

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:20

Julho 22 2010

 

 A vida não tem outro sentido a não ser o que lhe é dado pelos seres que amamos.

  

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:03
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Julho 22 2010

Que a Constituição necessita de ser revista, expurgando-a de ideologias ultrapassadas e ecos pseudo-revolucionários, só não vê quem não quer ver. Que existem muitos outros assuntos para discutir com vista a tirar o país da crise é um dado adquirido. Que o PS não admitirá tal, na presente conjuntura, é um facto incontornável – o braço de ferro é essencial para que o governo de José Sócrates se mantenha, por momentos, à tona da água, bem como para agradar às esquerdas, contrapondo, deste modo, as medidas política liberais(!!!) que tem sido obrigado a tomar.

Contudo, uma coisa é certa. O PSD, em geral, e Pedro Passos Coelho, em particular, têm marcado a agenda política, sendo indesmentível a irritação que isso tem provocado nas hostes socialistas, as quais vêm as sondagens dar, cada vez mais, uma clara maioria aos sociais-democratas.

Não querendo, de modo algum, fazer uma exaustiva análise da aludida proposta, uma vez que tal não cabe neste espaço, e colocando a tónica apenas em dois aspectos, a verdade é que a maioria dos portugueses não tem dúvidas que a saúde e a educação não podem continuar a serem gratuitas para todos. Aliás, diga-se que verdadeiramente já o não são. Todavia as esquerdas, auto-intitulando-se proprietárias exclusivas da Lei Fundamental, preferem ser cegas, surdas e mudas à evolução dos tempos, levando à falência do estado (pseudo)social em vez de o reformar enquanto há tempo. A cegueira ideológica continua a ser o muito inquietante!

Sem prejuízo para quem não possa efectivamente pagar a educação e a saúde, manda o bom senso que cada um pague de acordo com os seus rendimentos. Há muito que venho defendendo, e nisso estou acompanhado por excelentes especialistas, que não há direito, e muito menos é lógico, alguém que ganhe cinco mil ou mesmo dez mil euros mensais pague o mesmo que aquele que ganhe o salário mínimo, por muito que venham dizer que aquele também já descontou, em termos de impostos, muito mais.

publicado por Hernani de J. Pereira às 11:24

Julho 21 2010

Uns mais que outros, mas todos, por diversas vezes, já nos questionámos sobre a transformação que ansiamos que se opere em cada um de nós. Mas não só em nós. Ambicionamos também que os que nos rodeiam, quer sejam do âmbito familiar, social e/ou profissional, igualmente alterem a sua postura, o seu modo de ser. Isto independentemente de, no fundo, os aceitarmos tal como são. Aliás, não existe outra solução! Mas …

Nestas situações nada melhor que cada um de nós dê a si próprio

  • tempo livre para pensar, de preferência em lugar isolado, registando apenas as reflexões positivas. A casa e o trabalho são, geralmente, os lugares menos indicados para tal;
  • horas para olhar o céu, deixando os neurónios à solta perante um firmamento azul, se for de dia, ou cheio de estrelas, no caso da noite. E, já agora, a ausência de estruturação pessoal perante a beleza contemplada não nos deve causar qualquer preocupação. Os estudiosos são de opinião que o sucesso de um projecto é tanto maior quanto menos assertivo é este tempo. Nestes momentos, os quais podem ser mais ou menos longos, consoante a necessidade e a vontade própria, diga para si próprio “se penso, é porque sou precioso”;
  • coragem para a assunção do risco, incentivando a saída confortável do nosso sofá. Fazer algo que nunca tenha feito não é um luxo, é um dom;
  • possibilidade de apostar na multiculturalidade, pois está provado que o conhecimento, o mais alargado possível, deste “pequeno” mundo global acarreta extremas vantagens;
  • contacto com pessoas exteriores ao nosso círculo do dia-a-dia. O que poderá advir do contacto com poetas, actores, arqueólogos, teólogos, etc.?
  • falar menos e ouvir mais, sem cair, porém, no exagero de se calar constantemente e, por isso, não dizer o que lhe vai no seu íntimo;
  • oportunidade de dar utilidade às ideias, por mais estranhas que pareçam. No entanto, não aplique a velha técnica de brainstorming, onde, por vezes, interessa o número em detrimento da qualidade.
publicado por Hernani de J. Pereira às 14:29

Julho 20 2010

Amei-te toda a vida numa noite

publicado por Hernani de J. Pereira às 23:09

Análise do quotidiano com a máxima verticalidade e independência possível.
hernani.pereira@sapo.pt
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