Todavia, não basta o deixarem andar. Ultimamente, assiste-se a remoques constantes e frívolos, numa tentativa de saldar contas com o passado. Aliás, denegrir o transacto para realçar a própria inactividade é algo muito comum em Portugal. Quase todos usam esta metodologia: começa nos governos, independentemente da sua cor, passando pelo mundo desportivo e associativo, terminando no individualismo que tanto nos caracteriza. Com vista a enegrecer os feitos dos antecessores, os fins justificam os meios: desde os pedagógicos, aos conselhos, às mais diversas reuniões, tudo serve.
Coitados! Não sabem o quanto estão enganados. Como é evidente, numa primeira abordagem, as pessoas sem conhecimento de causa, poderão cair no engodo. Contudo, a verdade, tal como o azeite, acabará sempre por vir ao de cima. E mais depressa do que julgam e esperam!
Também não deixa de ser verdade que, ao assim procederem, pensam encobrir a falta de iniciativa. Bem, não admira, bebem nos ensinamentos dos seus mentores, principiando por esse grande estadista chamado José Sócrates e finalizando nos autarcas amigos.
No entanto, tudo isto nos dá uma enorme satisfação. Só se tenta enfuscar quando os outros têm valor, quando se tem receio, quando se sente que não se consegue fazer mais e melhor.
Bom, bom, seria que observassem aquilo que vão fazendo. Não se esqueçam que tudo se sabe!
Hernâni de J. Pereira