Todos os indicadores apontam para a estagnação, senão mesmo retrocesso. Assim, não admira que os analistas achem prematura a anunciada retoma. Infelizmente, deveremos continuar a sentir os efeitos da quebra de actividade e da fraca produtividade, com os consequentes reajustamentos, traduzindo-se numa degradação dos recursos humanos e materiais - e dos espaços.
Todavia, continuamos a sonhar. A vida impele-nos a isso. É deste modo que, todos os dias, esperamos uma grande prenda, a qual, mesmo para aqueles que se sentem seguros nas respectivas trincheiras de trabalho, será a que possa estancar o flagelo do desemprego. Um presente de preferência assegurado por investimentos produtivos capazes de contribuir para um efectivo desenvolvimento sustentado do país.
Não são necessárias grandes obras novo aeroporto, TGV, terceira ponte sobre o Tejo, etc. pois existem muitos outros locais e sectores onde podemos colocar essa prenda tão desejada e necessária que é um trabalho para trabalhar, aliás a única chave que abre as portas do acesso aos benefícios que os avanços da nossa civilização podem proporcionar ao maior número possível de pessoas.
Hernâni de J. Pereira