Março 04 2010
Havia de ser lindo e bonito de se ver se, em anos passados, a escola não fechasse portas se apenas estivesse a trabalhar uma funcionária auxiliar e um POC, como, aliás, aconteceu hoje. Quantos e que nomes não nos chamariam? Para cima de ditadores, prepotentes, passando por donos da escola, etc., tudo serviria.
Mas, como já dizia o poeta, mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. Tudo, agora, é democracia. Asfixiada, como dizia a outra e digo eu, mas democracia.
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 12:27
Março 04 2010
Como é do conhecimento público o secretário-geral da UGT, João Proença, integra a comitiva oficial do primeiro-ministro de visita a Moçambique. Paga por nós, como é evidente. Sinceramente, não entendo a que título é que vai, mas o defeito deve ser meu. Vistas curtas, responderão os leitores. Talvez, respondo eu. Contudo, o facto de possuir cartão «xuxalista» seja uma explicação cabal. Quem sabe?
Mas vamos ao que importa.
Hoje, dia de greve nacional da função pública, a que a aquela central sindical também aderiu, João Proença decidiu, em terras moçambicanas, aderir esta luta. Como, perguntarão. Bem, a resposta é dada pelo próprio: não cumprirei o programa burocrático da visita e, por isso mesmo, irei fazer compras nos mercados de Maputo.
Aí, valente sindicalista, acrescento eu!
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 10:41
Março 03 2010
(Dez. 09)
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 18:53
Março 03 2010
Nos últimos dez anos, o ensino público perdeu mais de 135 mil alunos, do pré-escolar ao ensino secundário. No entanto, no mesmo período de tempo, o número de estudantes nos colégios e externatos aumentou de 15 para 18 por cento do total da rede, isto é, ganhou mais 25 mil discentes. E isto apesar da diminuição da natalidade.
De acordo com vários especialistas, as famílias procuram escolas em que os projectos de segurança são uma realidade efectiva, a assiduidade dos profissionais seja elevada e por último referem a preocupação com a qualidade do ensino.
Será conveniente continuar a enfiar a cabeça na areia como a avestruz?
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 18:43
Março 02 2010
Bem sabemos que não é assim tão raro. Todos nós, por vezes, sentimos necessidade de procurar no passado respostas para as questões do presente. E procuramos, essencialmente, junto daqueles que, por tudo aquilo que foram e representaram nas nossas vidas, possuem poder para responder sobre aquilo que demandamos. E a verdade é que tal está ao nosso alcance e nem sempre a procura é vã.
Há pessoas na vida de cada um de nós que nos marcam de forma indelével. Pessoalmente, falo de um ente querido partiu para o Pai, faz hoje precisamente três anos que foi Mulher em toda a sua plenitude, em todas as suas formas. Mãe extremosa, esposa dedicada, avó incansável, meu braço direito, minha força e coragem. Com ela partiu uma parte substancial do meu ser. Fracturado ficou e são estes fragmentos que tento, com a ajuda de outras pessoas, também elas extraordinárias, colar e seguir em frente.
Mãe, como tudo seria diferente se ainda estivesses entre nós. Deus assim não quis e a Sua vontade é soberana. Curvo-me humildemente perante a tua memória.
Neste terceiro aniversário da tua morte ergo os olhos para o Altíssimo e agradeço, mais uma vez, a Mãe extraordinária que me deu.
A finalizar, uma palavra de louvor para todas as outras mães, principalmente para aquelas que também já partiram para o Além.
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 19:35
Março 01 2010
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 22:49
Março 01 2010
Hoje já não pedimos apenas quatro paredes caiadas e com cheirinho a alecrim, por muito que Páscoa se aproxime a passos largos. Muito menos nos contentamos com pão e vinho sobre a mesa, como, aliás, canções, por nós deveras conhecidas, bem apregoam.
Hoje, sonhamos, ou melhor, exigimos bons locais de trabalho, bons ordenados, férias no estrangeiro, duplexes em condomínios fechados com moradias unifamiliares, as quais devem ter, obrigatoriamente, garagem para vários carros topos de gama, com vista para o mar ou situadas no cima de uma colina, com uma panorâmica a perder de vista.
Hoje, quem de nós afirma lhe chegar um casebre e amor? Todos nós, abençoados ou não por Deus, queremos, por natureza, algo bonito e, essencialmente, em locais com os melhores níveis de conforto.
Todavia, se até aqui, a nível dos desejos, é sintomaticamente humano este querer, é, também, conveniente perguntar o que fizemos e fazemos para que estas aspirações sejam uma realidade. É que estas só podem ser concretizados, na esmagadora maioria dos casos, se cada um de nós, independente do grau de sonhos, contribuir oportunamente para uma Sociedade que, pela via do trabalho, seja realmente rica.
A título de apontamento final, é salutar registar que, felizmente, verificamos diariamente, a existência de pessoas que fazem dos seus sonhos, realidades quotidianas. Pena que sejam uma minoria.
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 22:02
Março 01 2010
Acabei, há semelhança de muitos outros, de ver, há momentos, Sinais de Fogo e, tal como a semana passada, mais uma vez, a desilusão apossou-se de mim. Por razões diferentes, é verdade, mas não deixa de ser contriste.
Ah, como adoraria que Miguel Sousa Tavares tivesse mostrado, há oito dias atrás, ao menos metade da acutilância para não dizer outra coisa pior com José Sócrates do que demonstrou, hoje, com Gonçalo Amaral.
Afinal, tanta independência, tanta verticalidade e ética propalada, para acabarmos por ver que fácil é bater, afrontar pequenos, já que relativamente aos grandes foi o que se viu. A reverência ao poder é extensível a quase todos. É um dado adquirido: contam-se pelos dedos da mão aqueles que, jamais, se vergam a tal.
Que desilusão!
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 21:12