O meu ponto de vista

Março 31 2010
Ontem a 2ª série do Diário da República, publicou o Despacho nº 5730/2010, do Secretário de Estado da Educação, do qual respigo a seguinte passagem “nomeio, para exercer as funções de assessoria ao meu Gabinete, no âmbito das respectivas qualificações profissionais, o licenciado João Cândido da Rocha Bernardo, professor do quadro de nomeação definitiva da Escola Básica de Ílhavo, em regime de comissão de serviço, através de acordo de cedência de interesse público, sem suspensão do estatuto de origem.
Estabelece -se para o nomeado a remuneração mensal equiparada à dos adjuntos do Gabinete, incluindo subsídios de férias, de Natal e de refeição, acrescida de despesas de representação”.
Para os menos atentos, esclareço que este excelso docente foi deputado, como é óbvio, eleito pelas listas do PS na anterior legislatura. Agora, como não conseguiu, nas eleições de Setembro p.p., ser eleito, há, então, que lhe arranjar um “tacho”.
Como alguém diz “o PS compõe-se de dois grupos: um formado por gente totalmente incapaz, e outro por gente capaz de tudo”.

Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 20:05

Março 30 2010
Temos uma extraordinária apetência para nos apoderarmos dos outros, fazendo coisa nossa. A investida que efectuamos, face à imaterialidade dos sentimentos alheios, pouco ou nada vale. No entanto, não aprendemos. Continuamos a coleccionar desejos fátuos, ocupando com isso aquilo que designamos por paixão, mas que, no fundo, não passa de tentativas de demolição da personalidade do outro. Enfim, desejos vãos.
Que me perdoem a má comparação, mas o que vale uma cadeira assinada por Óscar Niemeyer, ou de outros grandes nomes da arquitectura, do design, da moda, da pintura ou da escrita, tais como Frank Gehry, Christian Dior, Paula Rego, Fernando Pessoa, etc., face às obras que produzimos sob a capa de um enorme ego? A auto-estima exacerbada que caracteriza muitos de nós e com o qual produzimos, não o nego, o melhor que sabemos e podemos, as obras que colocamos à disposição de todos os outros, não pode, de modo algum, cegar-nos. Ter consciência dos nossos limites e valor é meio caminho para a sermos felizes.
Possuir um espólio de excelência, criado e representado pela qualidade do que produzimos e conseguimos reunir, só é possível com um desprendimento total, ou seja, no respeito absoluto pelos outros e na modéstia do nosso julgamento. Como costumo dizer, até na crítica deve haver bondade. Aliás, a este propósito, recordo sempre da máxima de Maio de 68 “é proibido proibir”, apesar de não comungar a cem por cento com tal e, por isso, aberto a excepções.
Gosto de viajar, nem que seja em pensamento. Adoro, mesmo que, uma vez ou outra, não passem de divagações, cruzar o design e a moda com o cinema, a literatura com a música, a pintura com o teatro. No fundo, aprecio e saboreio a interligação do que vejo com o que sinto, de modo a poder retratar a riqueza que recebo com a que dou. Todavia, até estas, ultimamente, me têm tentado tirar pelo que, muitas vezes, a originalidade das intervenções não tem sido as mais singulares. Que Deus lhes perdoe …

Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 21:59

Março 30 2010
Inês Medeiros, que reside na capital francesa, mas que foi eleita deputada nas listas do PS, pelo círculo de Lisboa, onde também está recenseada, voltou, hoje, a solicitar à Assembleia da República (AR) que lhe paguem as viagens semanais que faz a Paris.
A actriz diz que “nunca se preocupou, nem antes, nem depois, em conhecer o estatuto remuneratório do cargo de deputada” (!!!). Contudo, não se inibe, depois de eleita, de pedir que lhe paguem as aludidas deslocações e, como é óbvio, ajudas de custo para aluguer de casa em Lisboa.
O caso, porém, está nas mãos dos juristas da AR, os quais, por agora, são de opinião de que não é possível, face à legislação em vigor, satisfazer aquela pretensão.
Todavia, eu faço uma aposta com os leitores. Aposto que os socialistas conseguirão encontrar uma fórmula, mesmo que seja a título excepcional, para resolver esta questão. Será mais uma vergonha, mas a dita deputada há-de conseguir tudo o que, abusivamente, pretende.

Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 20:24

Março 29 2010
É público que, aquando das “directas” para a eleição do presidente do PSD, fui apoiante incondicional de Paulo Rangel, convicto de que este político serviria melhor o partido e, acima de tudo, favoreceria superiormente os interesses do país.
Todavia, a maioria dos militantes foi de outra opinião, elegendo, de forma transparente e convincentemente, Pedro Passos Coelho (PPC).
Assim sendo, de modo a desfazer eventuais dúvidas e evitar quaisquer equívocos, felicito o candidato vencedor, sendo que, a partir desse momento, a nível do PSD, só tenho um presidente, o PPC e mais nenhum.
Aproveito também a oportunidade para desejar que os seus ideais, programa, projectos e respectivos objectivos, atempadamente expostos, sejam acolhidos pelo povo português, não para glória de quem quer que seja, mas para bem de todos.

Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 20:16

Março 28 2010
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Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 20:50

Março 26 2010
Saber como, quando e a quem devemos dar a nossa amizade é uma das provas máximas do nosso dia a dia, mais a mais, quando existe a tentação de procurar o caminha fácil, que é de optar pelo “agravamento” daqueles que nunca reclamam e que são, afinal, os que estão sempre presentes.
Aparentemente, o querer dos amigos mais ocultos é, muitas vezes, adiado, mas todos nós sabemos como é possível fazer aumentar a dádiva sem ter necessidade de recorrer aos subterfúgios, mesmo que (in)directos.
No fervilhar dos dias que passam, entre o correr para o trabalho, para as compras e para dar vazão à vida pessoal/familiar, resta, no final do dia, apenas, o confronto com os nossos mais profundos sentimentos. Em bruto e em solidão engolidos, é certo, mas alterados face às circunstâncias da vida e por um querer muito forte. Sensações que redesenham o espaço interior sem, contudo, o rasgar em amplos vãos e múltiplas arcadas. Já dizia o poeta espanhol António Machado “o caminho faz-se caminhando”.
Sabemos que se iniciou um projecto de remodelação, cujas obras começaram, não sabendo, porém, como a parte edificada acabará. Tudo o que se sabe é que nada ficará como antes.
Todos guardamos memórias da nossa história, bem como a intenção da junção de interesses comuns. Ora, tais marcas, aliadas à disponibilidade, à aposta na criatividade e na inovação e quando, ainda por cima, vêm proporcionar o preenchimento de espaços vazios, convidam rapidamente à consecução de um ideal.
O que tiver que ser, acontecerá!

Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 16:21

Março 25 2010
Preservar o que de mais genuíno somos está na ordem do dia, bem como utilizar uma linguagem assertiva é uma necessidade prioritária. É com esta directiva que os valores tradicionais ganham cada vez mais importância. Somos pó e em pó nos transformamos. Assim, enquanto seres terreais – no entendimento do barro que nos enformou – possuímos conceitos e conhecimentos milenares, os quais se vão perdendo dia após dia. Tendo rejeitado, num passado próximo, “beber dessa fonte”, o homem contemporâneo, apesar de tudo o que se vê e sente hoje em dia, pretende reconquistar o lugar perdido.
Os nossos ancestrais, num processo de mutação contínua e sem necessidade de renegar a secularidade antecedente, procederam à construção de algo que, senão de todo, pelo menos na maior parte, sentimos saudade. As diferentes peças educativas, dimensionadas em novos conceitos, para um mais fácil apreensão, foram evoluindo de forma solidificada, sendo sucessivamente reutilizadas. Perfeitamente limpas e arejadas, com ausência de ideias estranhas à natureza de cada um, geraram uma síntese espantosa de Homens e Mulheres, cujos valores excepcionais quotidianamente recordamos.
Pensar de um modo avito, com o fim de projectar o presente e principalmente o futuro, é, desde logo, uma questão controversa. Tal fica a dever-se ao facto da definição do nosso “espaço” estar intimamente ligado àquilo que somos, ou seja, à complexa estrutura que herdámos. Todavia, todos ou quase todos sentimos que isso é benéfico, isto tendo em linha de conta a “argila” em que fomos moldados e que nos orgulhamos.
Actualmente, muitos de nós, infelizmente, parecem sentir algum constrangimento face à sua ancestralidade. Contudo, os valores aí encerrados poderão voltar a ter a importância de outrora, bastando para isso que se dê uma nova oportunidade de brilharem no nosso seio. Só teremos a ganhar com isso.
Se é importante saber construir uma nova identidade, também não deixa de ser decisivo ter conhecimento dos limites de cada um, bem como da plasticidade proporcionada pelos “materiais” que recebemos dos nossos antepassados. São índices que devem oscilar convenientemente entre valores muito precisos, de modo a que não se caia na utopia.

Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 19:02

Março 24 2010
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Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 22:19

Março 24 2010
É, sem margem para dúvidas, o maior roubo na história do desporto em Portugal. Sei que são palavras duras, mas assumo-as integralmente. Todavia, ficam muito aquém da desolação que os adeptos do FC do Porto, neste momento, sentem, face ao volte-face do caso dos castigos impostos a Hulk e Sapunaru, no seguimento dos incidentes ocorridos no túnel de acesso ao estádio da Luz. Episódios que, não tenho a menor dúvida, foram maquinados pelos “mouros”, pois só assim poderiam alcandorar-se na posição que actualmente ocupam.
Alguém coloca em causa que o desempenho dos “dragões” teria sido totalmente diferente se, em vez dos dezoito jogos de suspensão, isto é, mais de metade do campeonato, tivessem apenas quatro, como agora determinou o Conselho de Justiça da Federação?
Será que existe alguém, com dois dedos de testa, que pense que toda esta situação foi por acaso?

Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 19:41

Março 23 2010
Recordo sem esforço e com denodado prazer. A imagem é tão nítida. De linhas curvas, bem delineadas, nesse teu jeito simples concebido para conjugar incessantemente sofisticação com glamour. Imagem refulgente de um conceito único de elegância e requinte e com um traço inconfundível de bom gosto, intemporal até.
Assim eras tu!
Tu bem sabias. Seguramente, tinhas uma importância capital, tanto simbólica como artística, sobretudo pela fusão da inteligência com a arte de sedução. Eras muito mais que uma devoção. Eras, antes, um espaço de permanente grandeza e absoluta certeza de transformação permanente. Aliás, em ti havia uma nova e constante contemporaneidade. Paradoxo que em ti, apenas em ti, ficava sempre bem.
Musa inspiradora e transformadora de uma mera passagem em autêntica galeria de arte. Mesmo o melhor pintor, usando as superiores geometrias caleidoscópicas, jamais poderia retratar-te com a criatividade que merecias.
Sim, é verdade. Possuías todo um conhecimento e informação agregada sobre como se construía algo em comum, mesmo nos mais pequenos pormenores, pois quando se atinge uma escala tão elevada apenas a perfeição e a qualidade são atractivos.
Para quem gosta de observar para além do semblante, eis as minhas sinceras palavras de homenagem, ainda que decoradas com uma plástica muito pessoal.

Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 19:16

Análise do quotidiano com a máxima verticalidade e independência possível.
hernani.pereira@sapo.pt
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