
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 21:12
Prometeram encantos e sóis de mil dias. Aliás, havia também juras de amanhãs que iriam brilhar sem cessar e, no mínimo, cantar-se-iam hossanas eternamente. Pretenderam encantar com sonhos majestáticos, através de rostos (pseudo)lavados e outras funcionalidades. Era para ser um projecto único e atractivo - pelo menos para algumas famílias - onde os desejos se personalizavam em interesses pessoais de quem sempre gostou de se colocar em bicos de pés.
Garantiram um futuro risonho onde o impacto do esforço teria, de imediato, o retorno esperado. Na procura pelo endeusamento tudo afiançaram procurando, deste modo, apagar a memória de antanho.
Agora, que a informação é sonegada, que as novidades actuais são apenas aquelas que dizem mal dos outros, que o material informático, ao dispor dos utentes, se encontra reduzido ao mínimo, etc., etc., facilmente se chega à conclusão que apenas tentavam edificar algo sedimentado unicamente em areia.
Hoje, quando se tenta, felizmente sem o conseguir, esmagar a pés juntos qualquer veleidade de independência, quando a herança paga um alto preço, o que, sem nos admirarmos, faz as delícias dos que nunca na vida foram alguém, há que mostrar uma couraça de indiferença e (porque não?) até de superioridade, sabendo que os vendilhões do templo, mais cedo que tarde, acabarão por ser expulsos.
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 20:56