Janeiro 31 2010
Parti, em tempos, à «aventura», não sabendo bem para onde ia. Unicamente tinha conhecimento da existência de caminhos que nunca trilharia. Continuo a pensar o mesmo.
Calcorreei caminhos mais ou menos periféricos, alguns autênticos verdadeiros «não-caminhos», os quais escapam à classificação de campo ou cidade, lugares onde apenas passei, numa fugaz retirada, para um descanso, nocturno ou diurno, de algumas horas.
Foram lugares propícios à revolta e às explosões emocionais que, por vezes, se advinhavam, sítios onde se acumularam vidas cheias de contusões, de excessos de estados de alma menos dóceis e afáveis. E, como é lógico, a falta de qualidade de vida cresceu na imensidão dos esforços cimentados em (in)certezas absolutas. No fundo, foram espaços mais biodegradantes do que biodegradáveis.
E tudo isto degenerou em limites insuportáveis de convívio, entre a integração e a exclusão, entre o estar junto e o estar só, numa não menos imensa e sentida solidão povoada de uma mão cheia de nada.
E onde cheguei? Encontro-me num emaranhado ordenado e construtivo. A continuação do uso da correcção para estabelecer vínculos, tendo em conta a envolvente interior e exterior, honra-me e obriga-me a respeitar o melhor possível o que me rodeia. Exponho-me, sim. E qual a dúvida?
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 10:47
Janeiro 31 2010
Após a bem sucedida reimplantação de um novo conceito, designadamente o apelo à inteligência, presentemente quedamo-nos no sono que amanheceu no fim de dias e noites mágicas. Momentos em que o Sol e a Lua praticamente desapareceram dos nossos horizontes, de forma inversa à intensidade que se detecta na procura e que se descobre na oferta certa.
O projecto incluía diversas bases de apoio com o intuito de conferir maturidade imediata e satisfazer os anseios mais legítimos. Contudo, mesmo com a abundância de água no sentido poético, já que no literal é um facto - e respectivas cascatas para proporcionar som e movimento, bem como a plantação de diversas espécies no sentido de conferir fragrâncias, cores e texturas contrastantes, o resultado alcançado, até ao momento, não foi o desejado.
A verdade é que os relevos bastantes pronunciados ainda não foram vencidos, apesar de se terem utilizado taludes de rocha, criando-se simultaneamente socalcos onde se tentou cultivar rosmaninho, alecrim, viburnum, agapanthus branco, lantanas, santolinas e outras plantas raras, numa nítida tentativa de se alcançar a harmonia.
Soma-se a isto a procura do impossível, bem como o facto de ter ocorrido uma gestão deficiente dos percursos, em parte devido à dificuldade em enfrentar a realidade, obrigando, hoje em dia, a prolongar indecisões e disfunções.
Nesta hora, em que o nosso dia é já o amanhã, a alternativa reside na esperança de reabitar a cidade que não se habita.
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 09:51
Janeiro 30 2010

Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 21:11
Janeiro 30 2010
Miguel Frasquilho, a convite da Comissão Política de Secção do PSD, desloca-se ao concelho de Anadia, para presidir a uma conferência subordinada ao tema "Orçamento do Estado para 2010.
Esta iniciativa ocorrerá no dia 05 de Fevereiro de 2010 (sexta-feira), pelas 21 horas, no Palace Hotel da Curia.
A conferência terá uma intervenção inicial do Dr. Miguel Frasquilho a que se seguirá um momento de debate do palestrante com os presentes, o qual se quer dinâmico e de discussão de ideias, aproveitando, assim, a pertinência e a oportunidade do tema.
Miguel Frasquilho tem 44 anos e é licenciado em Economia e Mestre em Teoria Económica. Quadro superior do Banco Espírito Santo (BES), é, desde Abril de 2002, deputado à Assembleia da República, sendo actualmente Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do PSD.
No XV Governo Constitucional desempenhou as funções de Secretário de Estado do Tesouro e das Finanças e, entre Outubro de 2007 e Outubro de 2009, foi presidente da Comissão Parlamentar de Obras Públicas, Transportes e Comunicações.
Durante vários anos dedicou-se à docência na Universidade Nova de Lisboa e na Universidade Católica. É co-autor de várias publicações destacando-se aquelas que se referem ao blogue Quarta República (
http://quartarepublica.blogspot.com/).
Miguel Frasquilho é, sem margem para dúvidas, um dos melhores economistas do país na vida política activa, um relevante quadro e valor do Partido Social Democrata.
Este evento é dirigido aos militantes do PSD, mas está igualmente aberto a todos os cidadãos e à comunicação social.
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 21:00
Janeiro 29 2010

Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 19:41
Janeiro 29 2010
Pessoa amiga enviou-me o seguinte texto, o qual, apesar de não saber a autoria, aqui publico com a devida vénia.
José Sócrates, Obama e o Papa viajavam num avião, quando, de repente, aparece o Diabo com uma enorme serra e começa a cortar uma das asas da aeronave.
Quando viram o Diabo ficaram apavorados. Sócrates vira-se para Obama e diz:
- Obama, tu que sabes falar e argumentar como ninguém, vai tentar convencer o Belzebu a parar com aquilo, pois, caso contrário, caímos e morreremos todos!!!
Obama foi até lá fora, conversou, conversou e ... nada do Satanás parar.
O presidente dos Estados Unidos voltou e implorou ao Papa:
- Sua Santidade, apenas o senhor nos poderá salvar, pois ele não quer sequer falar e vai mesmo derrubar o avião!!!
O Papa foi ter com o Demónio. Usou de toda sua persuasão, argumentou o máximo que pôde e soube e ... nada. Desistiu. Voltou e resumiu a conversa:
- Não sei o que fazer. Estamos perdidos. Só nos resta rezar!!!
Foi quando Sócrates se levantou e disse:
- Deixem comigo. Sou a última chance e por isso vou tentar.
E lá foi ele falar com o Mafarrico. Mal trocaram duas palavras, o Diabo parou de serrar a asa do avião e sumiu.
Obama e o Papa, com a maior cara de espanto, perguntaram:
- O que lhe disseste?
- Companheiro! Se eu morrer, vou formar governo no Inferno!
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 18:28
Janeiro 28 2010

Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 20:07
Janeiro 28 2010
Vivemos tempos difíceis. Olhamos para o lado e o que vemos? Pessoas que não possuem especificidades próprias, uma vez que não se conseguem erguer de forma autónoma, sem necessidade de muletas ou escoras. Logo, observamos que, cada vez mais, existem indivíduos que não acompanharam o processo de cimentação do seu «eu», dando como resultado que a concepção, a edificação e o acabamento não passem de máscaras. Aliás, estas, ao menor sinal de contrariedade acabam por cair, revelando a verdadeira face, a obsessão pelo seguidismo, impedindo qualquer veleidade de liberdade intelectual.
Quando hoje se procura, por imperativo de consciência e até de sobrevivência, estar presente em toda a cadeia construtiva, desde o ordenamento das estruturas, passando pelos bons projectos, quer sejam próprios ou provenientes de outros, o que notamos é a tentativa mais ou menos velada de asfixia, levando a que feneça o apoio às melhores e mais modernas práticas, achando que qualquer intervenção, por mais bem intencionada que seja, lhes quer roubar o protagonismo.
Felizmente, porém, existem outras que, tanto privadamente como publicamente, na relação com os outros, são consideradas credíveis e progressivamente a sua actividade continua a ganhar importância no desenvolvimento de mais-valias. Esta situação verifica-se nos empreendimentos que abraçam, transmitindo a percepção de um impacto positivo no balanço final, por muito que aqueles tudo façam para estrangular as iniciativas e, acima de tudo, subavaliando-as.
Contudo, a verdade virá sempre ao de cima, tal qual o azeite, e como disse Miguel Torga as pessoas afivelam uma máscara, e ao cabo de algum tempo acreditam piamente que é ela o seu verdadeiro rosto. E quando a gente lha arranca, ficam em carne viva, doridas e desesperadas, incapazes de compreender que o gesto violento foi a melhor prova de respeito que poderíamos dar.
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 19:00
Janeiro 27 2010

Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 22:17
Janeiro 27 2010
Basta de tristezas. Estamos cansados de tanto ouvir falar de défices extraordinários: o de 2009 e o que se prevê para o corrente ano. Acabe-se com as notícias sobre serem sempre os mesmos a pagar a crise leia-se funcionários públicos. Diga-se alto relativamente às informações sobre o nosso diminutíssimo desenvolvimento económico, o qual nos atrasa, cada vez mais, dos nossos parceiros europeus. Fechamos ouvidos às notícias das agência de «rating», as quais continuam, hoje, a dizer que o orçamento para 2010 é uma desilusão, não servindo, de modo algum, para diminuir o défice, levando a que o dinheiro que necessitamos como pão para a boca verdade literal vai ser mais escasso e mais caro.
Caramba, o Carnaval é daqui a quinze dias e é preciso começar a sacudir o corpo. Assim, hoje, apenas falarei de algumas alegrias, as quais espero que nos traga consolo. Aliás, não é por acaso que os nossos antigos afirmavam que tristezas não pagam dívidas ou, dito por outras palavras, a quem me dever que me pague e a quem eu dever que espere.
Abro com a notícia bombástica de que vamos entrar, de imediato, em plena recuperação económica, pois José Sócrates acaba de se demitir. Por outro lado, a Dacia, fabricante indiano de automóveis, afirmou que se congratula com o facto de ter sido decidida a aquisição dos seus veículos para a frota do Estado Português, substituindo, deste modo, os BMW, Mercedes e Audis ao serviço do enorme polvo tentacular que se transformou este nosso país. Também, está assente não encetar os projectos do TGV, do novo aeroporto de Lisboa e da terceira auto-estrada Lisboa-Porto, tendo a Mota-Engil dito, pela voz de Jorge Coelho, que, ser assim, iria transferir o seu «core business» para a as terras de Hugo Chaves, país de máxima liberdade individual e empresarial, como aliás todos bem sabemos.
Como é óbvio, possuo informações de outras causas que encheriam de satisfação os meus caros leitores. Contudo, contenho-me na sua divulgação, pois não quero ser culpado de vos acontecer algo, como, por exemplo, alguma síncope cardíaca, por não estarem habituados a tantas surpresas desta jaez.
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 20:19