Em primeiro lugar, há que apostar na força do carácter. A todos os níveis. Atitudes personalizadas mas sempre discretas e, acima de tudo, uma verticalidade a toda a prova. Modo de ser, demonstrativo de honestidade, cujas acções se devem pautar, em todos os momentos, por um ideal superior, colocando o bem comum acima do individual, ou seja, pensar nos outros antes de pensarmos em nós.
A ética, porém, de modo algum deve ser confundido com a lei. Uma pessoa pode obedecer cegamente à lei e eticamente ser execrável. Todavia, o contrário não é verdade, isto é, alguém que não respeite a lei não poderá, de modo algum, ter uma postura ética.
O nosso bom povo, na sua milenar sabedoria, definiu ética como a pessoa que não tem duas caras, ou seja, aquela que, em qualquer circunstância, procede sempre igual forma.
Por outro lado, o cultivar da diferença e o evitar da banalidade são caminhos, quando bem trilhados, para uma boa conduta ética.
Hernâni de J. Pereira