Até aqui tudo bem, ou tudo mal, conforme a opinião de cada um.
Todavia, sobre a última temática, duas questões há a salientar.
A primeira diz respeito ao facto dos professores-titulares terem sido impedidos de concorrer à mobilidade docente, uma vez não terem sido abertos concursos específicos. Ora, tal quer dizer que muitos foram ultrapassados por colegas com menos anos de serviço, com nítido prejuízo, como é lógico, para aqueles.
A outra questão tem a ver com as consequências da passagem à titularidade. Como se sabe, docentes houve que, por via de terem ganho tal estatuto, ocuparam lugares do quadro em escolas, lugares esses que, em princípio, nunca seriam seus, pois estavam nestas pelas mais diversas razões - condições específicos, aproximação à residência, destacamentos, etc. -, mas não por tempo de serviço/classificação. Se os sindicatos querem, à viva força, que a avaliação dos docentes, no ciclo 2007/2009, não tenha quaisquer consequências, principalmente na progressão na carreira, então também devem solicitar que os professores-titulares que ganharam lugares de quadro em escolas por via desta promoção os percam.
Não sabemos se será legal, mas que estamos todos cansados de dois pesos e duas medidas, isso é verdade.
Hernâni de J. Pereira