Pessoa amiga, a propósito do último artigo, numa amena cavaqueira, à mesa do café, emitiu a sua opinião, a qual, em resumo, se pode descrever do seguinte modo: Quem fixa o valor das escolas é o «mercado». Não quem as quer "comprar" barato, nem quem as quer "vender" caro. Que importa pedir mundos e fundos por esta escola se, ao lado, existir uma outra, de idêntica tipologia, mas com «materiais e acabamentos melhores» e que se oferece a um «preço» mais convidativo? As escolas, como qualquer outro produto, valem o que pensamos que valem se houver alguém que esteja disponível para dar esse mesmo valor.
Ora, tal pensar leva-nos a outro paradigma. Apesar de ser nossa, e de nos servir de local de estudo ou trabalho durante mais ou menos tempo, a nossa escola, por melhores recordações que dela guardamos, vale o que vale, em função do estado de conservação, da segurança, da inovação e, acima de tudo, da qualidade.
Por isso, a escola, pessoalmente, pode valer mais do que inicialmente sonhávamos e bem mais do que os seus novos pretendentes querem fazer crer.
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 23:22