Todavia, uma das suas afirmações deixou-nos um sabor amargo. Não sou candidato à liderança do PSD, declarou de forma peremptória e várias vezes.
Obviamente adiantou várias razões que importa reter, apesar de, pessoalmente, não lhes darmos grande valor: o facto de ter sido eleito apenas há três meses para o PE, temendo que os portugueses não viessem a entender este desvio de intenções ao contrato que fez com eles, bem como a circunstância de estarem a fazer um excelente trabalho no PE.
Afirmando não acreditar no projecto alicerçado em Pedro Passos Coelho, adiantou que o seu candidato favorito é Marcelo Rebelo de Sousa, essencialmente, pelas qualidades excepcionais que ostenta, não interpretando as declarações deste de que estava fora da corrida como uma recusa categórica.
Avançou, ainda, que no PSD é urgente e necessária uma clarificação programática, uma rotura com o modo actual de fazer política, bem como uma convergência com a Europa, sendo que estas ideias se concretizam em várias bandeiras, tendo à cabeça a educação, o que nos agrada de sobremodo.
E tal como Paulo Rangel afirmou ter esperanças de que Marcelo Rebelo de Sousa mude de ideias no que concerne à luta pela liderança do PSD, também nós esperamos que aquele mude e possa, quando chegar o momento, posicionar-se na primeira linha daquela contenda.
Hernâni de J. Pereira