Umas vezes esquece-se, outras recorda-se. A vida é bela.
Num ápice o afecto instalou-se. Corporalização de felicidade.
Compreensão. Concretização de sensações. Que não se duvide.
Trabalho concluído em corpo esbelto, qual sereia caminhante.
Acidente em tempo de chuva, qual sinal disforme.
Aliança entre o mar e o rio em praias prateadas.
Gastronomias apreciadas. Peixe, vinho e pão sobre a mesa.
Paisagens admiradas. Casas visitadas.
Receios vencidos. Paixões substantivadas.
A beleza tem nome.
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 23:27
Fui um dos doze mil felizardos que anteontem lotaram por completo o Pavilhão Atlântico para ouvir e admirar Leonard Cohen. E a actuação, de modo algum, desiludiu, bem pelo contrário. Uma voz portentosa que, apesar da sua provecta idade, nos fez sonhar através da poesia sublime das suas canções.
Durante cerca de três horas pudemos ter o prazer de apreciar um cavalheiro que mal subiu ao palco descobriu a cabeça ao tirar o chapéu, num gesto de urbanidade e de humildade, sinónimo que estava ali para agradar a todos os que àquele local se tinham deslocado. Gesto que repetiu com os diversos elementos que, em palco, o acompanhavam, homenageando, assim, quem, de forma tão digna e profissional, o ajudou a abrilhantar primorosamente aquela noite.
E, durante aquele espaço de tempo, sucederam-se as músicas que tanto sucesso fizeram durante a minha juventude, levando-me a recordar os clássicos Bird On The Wire, Dance Me To The End Of Love, I'm Your Man ou First We Take Manhattan, sem, contudo, deixar de me deleitar com os êxitos mais recentes como, por exemplo, Closing Time.
Uma palavra final para a companhia. Há pessoas que pela sua superior forma de ser e estar são um espectáculo dentro do espectáculo.
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 22:29