Em 2008 os resultados melhoraram, em relação a anos anteriores, mercê essencialmente do enorme facilitismos dos exames nacionais, como os observadores, dos mais variados quadrantes, reconheceram. Contudo, o ME veio, de imediato, alardear-se, reclamando que tal se ficava a dever às políticas educacionais por si, nos últimos anos, implementadas.
Este ano, pelo contrário, os resultados regrediram, como, aliás, é do conhecimento geral, fruto de uma correcta elaboração das provas de exame, entre outros motivos. Por uma questão de lógica, o ME deveria ter assumido as responsabilidades de tal insucesso. Todavia, infelizmente, não foi isso que aconteceu. Tentou sacudir a água do capote e imputou as causas à comunicação social, a qual teria incutido nos alunos a falsa ideia de facilitismo, levando-os a aplicarem-se menos.
Olhando para trás, e principalmente para 2008, acreditamos ter-se tratado de uma antevisão de um futuro mais complicado, o que nos possibilitou chegar ao momento actual e assim sentirmos os efeitos negativos. Para sairmos desta situação é essencial acrescentar valor e aproveitar as oportunidades que surgem sempre em alturas difíceis como esta.
Hernâni de J. Pereira