O contexto político-educativo adverso vivido ao longo dos últimos anos ditou um dinamismo discrepante e, em muitos casos, inesperado. Os ventos não têm soprado de feição para quem pugna pela diferença, por uma ética superior, sem demagogia e hipocrisia, para quem, pela sua independência, está nas antípodas do poder vigente, seja ele partidário ou político-sindical.
E os recentes resultados vieram agudizar ainda mais os problemas que já vinham sendo identificados por diversos analistas. De tal modo assim é, que a deterioração dos níveis de confiança dos principais players, neste campo, é um dado adquirido.
Vêm estas palavras a propósito da eficiência operacional que certas pessoas da nossa praça se arvoram. Ora, a mais-valia de alguém não é dada per si. O valor de um indivíduo é sempre proporcional ao nível das pessoas com que consegue rodear-se.
E o certo, é que, pela amostra, dada hoje à estampa, o nível dos circundantes é bastante baixo. A não ser que se queira reinar como se estivesse em terra de cegos. Outra explicação pode prender-se com o baixo nível de yields esperados, pelo que importa, desde já, preparar a necessária justificação. Quando não conseguem rodear-se dos melhores por defeito próprio ou por recusa fundamentada dos outros os desfechos não poderão, de modo algum, ser os melhores.
Hernâni de J. Pereira