Tirar o maior potencial de um tempo, mais que o anterior, voltado para a cultura é uma meta de um projecto de reabilitação exemplar e de aplaudir.
Mas não. Tudo soa a falso. Tudo nos leva a crer tratar-se de mais uma jogada de marketing, tão ao gosto dos seus assessores e empresas de imagem e comunicação pagas a peso de ouro por todos nós.
E como a bota não bate com a perdigota, podemos concluir tratar-se, antes, de um projecto enviesado, de um conceito que tenta, por motivos puramente tácticos e eleitoralistas, acompanhar as novas tendências sociais e muito focalizado nas classes profissionais fustigadas e vergastadas pelo mesmo poder político. Estas, no entanto, não se deixarão iludir por fogos-fátuos de última hora.
Hernâni de J. Pereira