A tudo isto soma-se o desperdício puro e simples dos escassos bens nacionais, resultante do duplo vazio, marcado, por um lado, pelo abandono e consequente decadência do mundo rural; por outro, por aqueles que, em relativo isolamento, vivem à parte da crise provocada pela tão falada crise da bolha económica.
Noutros países, o Estado tem um papel activo, disciplinando os grandes empórios e tornando-os mais justos e eficientes. Contudo, aqui a orientação é completamente contrária. Nunca houve tantos apoios e incentivos aos grandes grupos económicos, principalmente aos da construção.
Pudera, observem quem está à frente da Mota-Engil, EDP, Iberdola, CGD, BCP, GALP, isto só para citar algumas das grandes empresas.
Hernâni de J. Pereira