Vem esta declaração de interesses a propósito do artigo de MST, naquele jornal, neste último sábado. A sua invectiva contra Bento XVI e o modo intempestivo como o faz, provocou-me mal-estar. Como católico esclarecido - pelo menos tento-o ser não posso, de modo algum, estar de acordo com a análise aí feita.
De entre muitas, observe-se a seguinte pérola de prosa. Afirma, a determinada altura, que o Santo Padre deu cobertura a vendilhões do templo a tal extremo que conduziram o mundo a uma crise global . Ora, tal, para além de gratuito é, acima de tudo, ofensivo. Mas a desdita continua e cita-se Deus não iluminou o conclave de Roma no momento de soltar fumo branco por Ratzinger. Mas o pior é que o mundo que os rodeia também não os inspirou em nada. E a consequência é que a Igreja Católica desertou de onde, apesar de todos os seus humanos erros, faz falta.
Apetece indagar. Quem, mais que a Igreja Católica, tem valido, nestes tempos de crise, a tantas e tantas famílias neste e noutros países?
E apetece ainda exclamar. Onde a Igreja Católica talvez, sublinho talvez, não está é nas praias de Copacabana e Leblon, locais onde MST gosta de esbanjar os enormes proventos que consegue angariar à custa de todos nós, os tais desertores.
Hernâni de J. Pereira