Janeiro 31 2009
O Presidente dos EUA, Barack Obama, criticou de forma severa a auto-atribuição de avultados prémios de gestão pelos banqueiros de Wall Street, considerando-os indignos.
Tal como lá, também aqui os banqueiros e gestores de grandes empresas não denotam grandes preocupações morais. O facto da maior parte deles estarem cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres não lhes rouba o sono.
Não podendo a nossa sociedade, tal como está estruturada, prescindir deste importante sector, é, no entanto, absolutamente fundamental dar-lhe urgentemente um pendor ético. Sabendo que a banca e os seguros oferecem um valioso contributo para a regeneração e têm impactos profundos no desenvolvimento da economia, também não desconhecemos que os benefícios daí advenientes devem ter uma envolvência de seriedade.
Assim, este sector para além de apostar, sem dúvida, na reabilitação empresarial, tendo por base comportamentos éticos, deve, acima de tudo, permitir o restabelecimento de oportunidades económicas, consubstanciadas em emprego directo e maior acesso ao investimento por parte dos cidadãos.
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 19:50
Janeiro 27 2009
Ontem, à noite, apesar do imenso frio e da chuva, um belo momento aconteceu no Cine-Teatro Messias através da 3ª Gala do Desporto da Mealhada, evento que vincou indelevelmente aquela. A música, o humor, a dança e uma apresentação sóbria e equilibrada foram sulcos de uma intensa actividade cultural/desportiva feitos em terreno fértil.
Com este marco alto na cultura e no desporto o Município da Mealhada, e principalmente o respectivo vereador, engenheiro Jorge Franco, só podem estar de parabéns. Mais ainda por motivo da sólida reputação que, ano após ano, tal acontecimento tem vindo a estabelecer. Nós, que tivemos o sortilégio de, anualmente, acompanhar este feito, somos testemunhas privilegiadas do rigor e do profissionalismo colocado na sua preparação e realização.
O deixar de lado os discursos balofos e sem sentido, a procura de artistas que melhor possam interagir com o nosso viver são trunfos que a organização tem assimilado. Daí o êxito não ser uma palavra vã.
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 21:50
Janeiro 24 2009
Temos vindo a dar passos firmes e seguros no sentido da auto-regulação, um dos caminhos por onde queremos prosseguir. A auto-regulação que queremos e idealizamos traduz-se, sinteticamente, num acréscimo de responsabilidade e corresponderá a um passo qualitativo para o tecido educacional. Por outro lado, há muito tempo que, ética e responsavelmente, vimos dizendo que a alma da escola reside também na transparência.
Assim, não se estranha quando afirmamos que a necessidade da constituição de uma cúpula organizativa para a fileira escolar é essencial. Deste modo, contribuir-se-á para uma reflexão a montante e a jusante do acto educacional, a começar no momento da decisão do que se pode e deve «construir».
Por último, sublinhamos, de bom agrado, o salto qualitativo da educação, evidenciado nos projectos estratégicos que se têm lançado. E por reconhecermos que o paradigma educacional mudou, é necessário duplicar, triplicar até, a reabilitação do ensino e da aprendizagem.
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 23:43
Janeiro 23 2009
Portugal, no entender de José Sócrates, não se pode esconder atrás da fama de ser um país de brandos costumes.
Nos tempos que correm, para esquecer os verdadeiros problemas, há que agitar as «águas» e, assim, combater as baixas temperaturas. É que o nosso «primeiro» não quer que os portugueses continuem a passar frio. Para ele, é altura de termos casas aquecidas que nos tragam o conforto desejado.
Aquecidas, bem se entenda, à custa de fortes e acaloradas discussões em redor do tema casamento de homossexuais.
Ideias existem que, apesar de parecerem invisíveis, o seu efeito é, por todos reconhecido, como benéfico. Contudo, outras existem, como é o caso, que, inserindo-se de tal modo no «decor» do mundo contemporâneo, criam uma relação de especial conflito com os nossos hábitos e costumes.
Havendo tantas e tantas oportunidades para nos aproximarmos da designada 1ª Europa redução da «décalage» social, combate ao desemprego, apoio à velhice, acréscimo da natalidade, fomento do nível cultural, desenvolvimento educacional, etc. era necessário apostar num tema tão fracturante? Será que o piscar à esquerda e mesmo à extrema-esquerda trará um retorno tal que valha a enorme divisão dos portugueses?
Enfim, não passa de mero oportunismo que apenas serve para tentar disfarçar as reais dificuldades de governação!
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 21:56
Janeiro 20 2009
Hoje Barack H. Obama, na tomada de posse como 44º presidente dos EUA, declarou que os líderes mundiais serão julgados pelas coisas que ajudarem a construir e não por aquilo que auxiliarem a destruir.
Também nós, apesar de não nos querermos alcandorar a tão altos voos, por, sem falsas modéstias, estarmos conscientes da nossa pequenez, fazemos nossa aquela ideia, uma vez querermos apenas ser conhecidos pela obra que ajudamos a erigir.
Por não sermos daqueles que adormecem à sombra dos louros «erguidos», por darmos mais importância ao vindouro, continuaremos a construir o futuro hoje.
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 23:47
Janeiro 19 2009
Paulo Portas, ontem, no encerramento do congresso do CDS/PP, pediu aos portugueses que castiguem o PS, invocando as medidas desastrosas que o governo tem implementado e, acima de tudo, por este não querer promover as iniciativas tidas por urgentes e necessárias pelo seu partido.
Contudo, para ser credível era necessário que se demarcasse inequivocamente de uma futura coligação com o PS. Como pode pretender que o levem a sério, quando pede aos eleitores que castiguem aquela força partidária sinal que esta não é séria mas está pronto a aliar-se, se isso lhe der uns lugarezitos no futuro governo? Que pessoa ou instituição honesta preconiza unir-se a alguém que se julga menos adequado, isto para usar um eufemismo «light»?
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 14:26
Janeiro 18 2009
Tem sido e continua a ser um trabalho árduo, muitas vezes até ingrato, mas também muito gratificante por variadíssimas razões. No plano interno pelo aumento da motivação dos alunos, do pessoal docente e não docente, que está muito empenhado e envolvido. No plano externo pela visibilidade que tem dado ao Agrupamento de Escolas de Pampilhosa, através da mensagem que tem chegado à comunidade.
Cada unidade de ensino aborda áreas específicas e define objectivos diferenciados, mas complementares. Igualmente, o contacto com os diferentes promotores permite, através de «benchmarking», a partilha de informação a nível local e regional, bem como a aquisição de novos conhecimentos.
Para divulgar as acções e sensibilizar os utentes, várias ideias vão surgindo. Daqui lançamos mais duas. Porque não a criação de um cartão (de escola) verde a atribuir aos alunos, docentes e funcionários que mais se distingam nas medidas a implementar com o intuito de uma escola ambientalmente mais eficiente? Segundo, porque não envolver também os fornecedores e visitantes, para além do «staff» interno?
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 20:47
Janeiro 14 2009
Que hipóteses temos nós perante a situação de crise em que vivemos? A resposta estará na demonstração de capacidades para criar e antecipar ferramentas necessárias para tirar proveito da estagnação em que se viveu durante os últimos anos. Contudo, há que ser prudente e, acima de tudo, muito pertinente nas decisões estratégicas a desenvolver.
As oportunidades existem, mas não iremos ter muito tempo para efectuar grandes experiências. Por isso, é absolutamente necessário apostar com precisão e muita qualidade.
As perspectivas de futuro encontram-se entre a recuperação, apesar de lenta, e a ameaça de recessão e mesmo de deflação, com repercussões óbvias no nosso dia-a-dia. Assim, os tempos vindouros serão de uma grande exigência, pelo que somente os que estiverem devidamente preparados e formados poderão aproveitar as oportunidades que os períodos de correcção apresentam.
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 22:09
Janeiro 11 2009
Músicas de época que levam um banho de actualidade e velhos sons que são reconvertidos em melodias despertadoras de novos sentidos. Quando a consciência da entrega à dádiva é aplicada, não há limite para a criatividade e para o reaproveitamento dos momentos de lazer.
Tendo presente este pressuposto, ontem, numa noite muito fria, os que se dirigiram ao Cine-Teatro Messias, na Mealhada, tiveram oportunidade de assistir ao Concerto de Ano Novo. As peças musicais de Strauss, Brahms, Gimenez, Tchaikovsky e Dvorak, com arranjos magistrais de Virgílio Caseiro, maestro da Orquestra Clássica do Centro, denotaram uma tendência que parece ter vindo para ficar, isto é, a resposta a algo que ultrapassa, em muito, a procura de cultura musical. Um brinde ao gosto e aos sentidos.
Parabéns à entidade promotora: C. M. de Mealhada. E já agora uma questão: onde estavam, ontem à noite, alguns dos melómanos deste concelho?
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 22:45
Janeiro 10 2009
O Instituto de Emprego e Formação Profissional, organismo público tutelado pelo Ministério do Trabalho e Solidariedade Social, para efeitos de concurso interno de promoção a técnico administrativo principal, de entre outros documentos/estudos recomendados para a respectiva selecção, encontra-se um texto do primeiro-ministro sobre a iniciativa governamental Novas Oportunidades.
Uma pergunta começa a preencher a nossa mente: com José Sócrates à frente do governo estaremos muito longe da inclusão, em todos os sectores da sociedade, de algo semelhante aos textos panegíricos do Estado Novo?
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 18:25