O meu ponto de vista

Dezembro 30 2008
Numa política de repartição de responsabilidades, cabe à presidência da república o garante da aplicação da constituição e da segurança do regular funcionamento da democracia.
Pelo seu lado, as grandes linhas definidoras da política nacional são da iniciativa governamental, mercê do voto livre dos cidadãos, reconhecimento, aliás, expresso de quem tem o dever de organizar e fazer funcionar os vários mecanismos internos e externos próprios de uma nação independente.
Vem isto a propósito, do incómodo causado e respectivas consequências entre governo/assembleia da república e presidência da república relativo ao Estatuto Regional dos Açores. O braço de ferro que o Governo/PS estabeleceu com Cavaco Silva, apesar dos sérios avisos, entretanto e oportunamente, feitos, terá, não temos a menor dúvida, consequências funestas no futuro de Portugal. A cooperarão estratégica, tão badalada e propalada, já foi chão que deu uvas. Ora, sabemos bem demais e para mal dos nossos pecados, o que acontece quando as relações presidência da republica/governo se situam em campos opostos.
Como é lógico, o citado diploma enferma de várias inconstitucionalidades, as quais apenas por teimosia do PS foram avante. Estamos certos que, a seu tempo, as mesmas serão irradiadas. Contudo, Cavaco Silva também, neste caso, não está isento de culpas. Achou que a sua palavra, o seu conselho bastavam para que o governo/PS recuasse. Enganou-se redondamente. O certo é que o referido diploma, numa primeira análise, deveria ter sido enviado, de imediato, ao Tribunal Constitucional, evitando, assim, esta situação.
Também será de bom tom referir que os partidos de oposição, principalmente, o PSD não ficaram bem na fotografia. Bem se aproveitaram desta enorme confusão.
Uma nota final. É por demais evidente, que a arrogância e a falta de humildade de José Sócrates estão a levar o país para o abismo.

Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 15:04

Dezembro 26 2008
D. José Policarpo, cardeal-patriarca de Lisboa, na sua mensagem de Natal, aludiu à luta dos professores, referindo que não são estes que estão no centro das suas preocupações, mas sim os alunos. Ao mesmo tempo, solicitou "que ninguém ouse transformar este sofrimento em simples arma de luta política", pedindo ainda "a generosidade, a competência e a coragem de todos" para ajudar os jovens a vencer esta batalha.
Belas palavras que há muito caíram em saco roto. Veja-se a luta paralela protagonizada por Mário Nogueira – caso da sucessão na CGTP e respectiva hegemonia por parte do PCP – até ao aproveitamento por parte do PSD, o qual, neste e noutros casos, de uma forma despudorada, faz o ataque pela esquerda do PS.

Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 11:39

Dezembro 25 2008
Neste dia tão festivo, há que pensar de forma positiva, de não nos acomodarmos – tendência natural do ser humano – e de adquirir e desenvolver as competências que nos permitirão uma melhor adaptação a uma nova vida.
Depois necessitamos de desenvolver a atitude adequada. É essencial, neste dia em que se comemora o Nascimento por excelência, tomar consciência da urgência de mudança, de estarmos dispostos a sair da nossa zona de conforto, partir, se tal for imprescindível, enfrentar situações em contextos culturais e social totalmente distintos, vendo nisso não uma ameaça mas antes uma oportunidade de engrandecimento.
Neste tempo, também ideal para a reflexão, partindo de uma auto-análise, é fundamental consolidar a capacidade para estabelecer novos contactos; promover a aproximação e a comunicação para construir relações de confiança sólidas e sustentáveis; demonstrar conhecimento, experiência e transmitir credibilidade para actuar de forma aberta e honesta; demonstrar flexibilidade na aceitação de novas ideias, de novas soluções e de novas oportunidades.

Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 19:52

Dezembro 19 2008
Todos sabemos. A acumulação de gases com efeito de estufa na atmosfera continua a crescer mais rápido que o previsto. Por isso, é necessário alcançar em 2020 metas de emissão, pelo menos, 20% inferiores à existentes em 1990.
O relatório «SMART 2020», das Nações Unidas, tendo presente o impacto que as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) têm nas alterações climáticas, conclui que aquelas contribuem, hoje-em-dia, com 2% das emissões de CO2.
Por isso, aquele relatório destaca que através da standardização(S), da monitorização(M), da contabilização/"Accounting"(A) do consumo de energia, por meio do repensar(R) de como as economias poderão funcionar, poderemos transformar(T) a forma como vivemos e trabalhamos. Ora, tal conduzirá a um futuro “SMART”

Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 23:55

Dezembro 15 2008
Numa sociedade em que o tempo se tornou um bem escasso, é uma bênção o surgimento de pessoas com disponibilidade para doarem o seu tempo (de qualidade) a projectos.
O carácter inovador que imprimem, com efeito, no facto de desenvolverem, quer nas pessoas quer nas organizações, novas competências de comunicação, reflexão, auto-estima, responsabilidade e trabalho de equipa, promovendo, desta forma, o exercício de uma cidadania activa, que é particularmente importante em comunidades que se encontram em situações de desvantagem social.
Adaptabilidade, qualidade e flexibilidade são exigências crescentes da sociedade, no que respeita a novas e melhores propostas nos serviços promotores da vida comunitária, quer sejam no âmbito da saúde, justiça, assistência social e educação. Principalmente nesta última.
Mas voltando ao tempo, nos “tempos” que correm aquele tornou-se, repetimos, um bem parco, fazendo emergir, no quotidiano de muitos de nós, crescentes problemas de conciliação entre a vida profissional, pessoal e familiar. Neste sentido, é também fundamental apontar o papel dos educadores, os quais como facilitadores do processo, nomeadamente através da readequação do formato das tradicionais valências do apoio escolar, tudo fazem para a implementação de modelos diferentes e inovadores. No fundo, estes sabem que só fazendo um esforço de aproximação da Escola às reais necessidades das famílias, se poderá esperar que as respostas educativas sejam eficazes.

Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 23:33

Dezembro 13 2008
O apoio ao bom trabalho autónomo, isto é, aquele que promove o espírito de iniciativa, combate o imobilismo, gera riqueza e contribui para dinamizar e tornar mais sãs as nossas estruturas, é, para além de um direito, uma obrigação dos líderes das organizações.
Por outro lado, os gestores, neste momento de crise, defrontam-se com dificuldades que convocam um esforço hercúleo: a rigidez e/ou excesso de legislação, a debilidade do nosso tecido social, a escassez de saídas profissionais, a falta ou o desajustamento das qualificações, etc.
Contudo, uma parte substancial dos líderes continuam direccionados para as franjas, aparentemente mais facilmente detectáveis, mas alheando-se ou sentindo-se impotentes para combater o essencial, ou seja, os grandes emperramentos, esses, sim, actuando de modo a entravarem o normal funcionamento das organizações.

Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 23:22

Dezembro 10 2008
Tal como augurei, em artigo aqui publicado no p.p. dia 01, José Manuel Ribeiro venceu de uma forma contundente e sem margem para dúvidas a eleição para Comissão Política concelhia do PSD-Anadia. Obteve nas urnas 61%, enquanto a sua adversária Vera Ladeira não passou dos 37%.
Contudo, o melhor ainda está para vir. O até então líder do PSD-Anadia e, simultaneamente, da autarquia, Prof. Litério Marques, o qual, por força dos estatutos do PSD, não se pode candidatar de novo, aventurou-se – na verdadeira acepção da palavra! – à presidência da mesa da concelhia. E, pasme-se ou nem tanto, até aqui perdeu. E, ainda por cima, pela mesma abissal diferença.
Hoje compreende-se melhor a tentativa feita há uns meses atrás pelo Prof. Litério Marques de inscrever 182 militantes, então classificada como uma autêntica “chapelada”. Que belo jeito lhe dariam agora.
Voltando a José Manuel Ribeiro, a quem desde a primeira hora – já lá vão uns bons meses - incentivei a avançar, endereço os parabéns, bem como reafirmo publicamente a minha inteira e humilde colaboração. Dentro dos meus reduzidos préstimos tudo farei para que o seu projecto, que também é o meu, vá avante.
Termino convicto: no dia 08 de Dezembro quem ganhou foi Anadia.

Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 23:55

Dezembro 08 2008
Um sinal de grandes oportunidades para a comunidade, uma janela temporal que esperamos que esteja, por muitos e bons anos, aberta, pois as vontades tendem a entrar numa fase de normalidade, também potenciada pelo natural aumento dos empenhos e consequente elevação de resultados.
Tanto ou mais importante que estas oportunidades que a conjuntura oferece quase a título de compensação, é o sinal claro que caminhamos, mais ou menos rapidamente, para uma situação de normalidade das ofertas, sendo esta fundamental para milhares e milhares de portugueses, seja para os que necessitam de novo emprego, quer para os que precisam de revalorizar o existente, quer ainda para os que apenas – e não é despiciendo – reclamam a validação dos conhecimentos adquiridos.

Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 11:44

Dezembro 07 2008
Este ano o “Pai Natal” chegou mais cedo. Porém, para além desse facto, o pior é que se inverteram as prioridades que sempre nortearam a sua imagem. Dar aos mais necessitados foi sempre o seu lema. Contudo, este ano não foi bem assim. Alguém subverteu o seu papel transformando-o numa versão adulterada, diria mesmo, inversa à de Robin dos Bosques.
Vêm estas palavras a propósito da intervenção do governo no BPP, um banco gestor de grandes fortunas. O “Pai Natal” deu ou não uma prenda, ou melhor, uma enormíssima prenda aos detentores desta instituição financeira, aliás, todos eles muito ricos?
Haverá algum governo, seja ele de que cor política for, e muito menos um governo dito socialista, que se arroje no direito de cobrir, em épocas economicamente conturbadas, os prejuízos dos ricos, quando estes, em tempos de abundância, se aboletaram com os lucros?
Não é verdade que todos aqueles que depositaram as suas enormes fortunas no BPP sabiam, e muito bem, os riscos que corriam? E não faz parte dos negócios correr riscos? Que interesses obscuros estiveram na base da pressão que o governo fez junto do consórcio bancário que ocorreu em auxílio daquele banco?
Tantas perguntas sem resposta! É, assim, este governo. Já não deveríamos ficar admirados com nada!

Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 14:09

Dezembro 05 2008
Se, nos tempos que correm, existe uma palavra extremamente usada, pela generalidade das pessoas, é CRISE. Tudo e todos se servem desta. Muitos com razão e alguns sem motivo algum para utilizarem tal. Mas é … a vida, como diria um nosso ex-primeiro!
Até aqui nada há de novo. Contudo, a crise económica, ou melhor, a sua implantação não é tão linear como à primeira vista se pode crer. Vejamos.
De acordo com os especialistas, o primeiro sector a ser afectado é o do automóvel, seguido do ramo dos electrodomésticos e, em terceiro, surge a área das viagens e do turismo.
No entanto, pasme-se, quando tal crise rompe existe um tipo de negócio que floresce. Paradoxalmente, todos os estudos, confirmam que a indústria de cosméticos e empresas associadas crescem em tempos de turbulência económica. Apetece perguntar: será para disfarçar as rugas das preocupações? Se sim, e face à violência desta crise, não consigo imaginar a quantidade de cremes e produtos afins que se irão vender!

Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 23:15

Análise do quotidiano com a máxima verticalidade e independência possível.
hernani.pereira@sapo.pt
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