Fevereiro 24 2008
Já o disse imensas vezes e, mais uma vez, o repito. A avaliação do desempenho docente é absolutamente necessária, uma vez que aquilo que tínhamos e aplicávamos era tudo menos algo digno desse nome. Apenas interessava aos menos capazes, àqueles que sempre se consideraram satisfaz.
O novo modelo aí está. Tem defeitos? A resposta é sim. Mas haverá algum modelo avaliativo que não os tenha, isto é, que sirva a todos? É evidente que não.
Então qual o problema da sua aplicação? Quais as questões que traz tanta gente em polvorosa? O que leva a ser notícia de primeira página e de abertura de telejornal? Tudo se resume a uma palavra: TEMPO.
Como é possível querer implementar uma reforma tão profunda na vida dos professores e, consequentemente, na orgânica das escolas em escassos dias? Alguém concebe que se queira avaliar o trabalho de um professor durante um ano escolar quando este, praticamente, vai a mais de metade do seu percurso? É admissível pedir a um docente que estabeleça os objectivos para um ano lectivo quando lhe falta apenas um terço para o fim do mesmo?
Relembro um ditado popular: depressa e bem não há quem! A tensão anda no ar! Depois não se queixem. E muito menos digam que não foram avisados. A advertência é extensiva aos sindicatos.
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 23:37
Fevereiro 20 2008
Foi um jantar maravilhoso, preparado com muitas horas de antecedência para que tudo corresse pelo melhor. A não ser o atraso, motivado por motivos imprevistos, foi excelente no dizer dos convivas. O bacalhau de lagarada, confeccionado em forno de lenha, acompanhado com broa acabada de fazer, não podia estar melhor. Que me perdoem a falta de modéstia.
Também não admira! Quando se prepara algo com carinho para as pessoas que se gosta, tudo pode correr pelo melhor.
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 22:32
Fevereiro 19 2008
Ainda a propósito da entrevista do primeiro-ministro à SIC, na noite de ontem, é de lamentar a falta de preparação dos jornalistas. Que mau papel! E tínhamos aqueles por grandes homens da comunicação!
Onde estiveram as perguntas pertinentes? Onde esteve o contraditório? Onde esteve a garra e o querer ser superior ao trivial?
Até nos apetece dizer: sem sermos, de modo algum, profissionais fazíamos mais e melhor!
Assim, não admira que, apesar de não estar nos melhores dias, José Sócrates não desmereceu.
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 23:20
Fevereiro 19 2008
Afinal, o ME recuou nos seus propósitos sobre o novo modelo de gestão das escolas. Sem falsa modéstia, veio ao encontro do que eu previ, aliás como se pode ler na minha entrevista ao Jornal Mealhada Moderna (www.jornal-mealhadamoderna blogspot.com) do dia 06.02.2008.
Agora também os professores podem ser eleitos para o Conselho Geral, bem como antevêem o aumento da sua quota, e os EE vêem diminuídas algumas das suas prerrogativas no Conselho Pedagógico, só lamentando que não seja ampliada a sua representação naquele órgão máximo.
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 23:08
Fevereiro 10 2008
É legítimo pedir a alguém que, depois de uma semana de intensa labuta, trabalhe ao domingo à tarde? Ainda por cima num dia em que a luz do Sol tem um brilho especial nestas tardes de Inverno!
Quem me dera ter coragem para mandar o dever "às urtigas" e fugir para destino incerto! E, o pior, a sintomatologia agrava-se quando "obrigo" alguém a passar pelo mesmo martírio.
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 16:38
Fevereiro 05 2008
Mais uma vez se nota que o passado do primeiro-ministro continua algo nebuloso.
Há uns meses foi a questão da licenciatura. Documentos oficiais datados a um domingo, diplomas passados antes da publicação das respectivas pautas, disciplinas feitas em catadupa, quando, como é o caso do signatário, se sabe o quanto custa fazer certas e determinadas cadeiras de engenharia, etc., etc. Bem se pode dizer que nada de ilegal se encontrou. Que, quanto muito, tal se ficou a dever a desordem administrativa da Universidade Independente. Tudo certo! Porém, algo fica a pairar no ar, transmitindo-nos um sabor amargo e indelével.
Agora é o caso dos projectos de engenharia, assinados de cruz, e aprovados na C.M. da Guarda, pelo realmente mandante e eventual autor, seu amigo pessoal. Também aqui se pode dizer que se trata de uma prática generalizada, a qual é comum à larga maioria dos projectistas deste país. Igualmente tudo certo! No entanto, o engº José Sócrates não é uma pessoa qualquer. Face às suas responsabilidades políticas e institucionais o seu caso terá de ser visto e escrutinado de um modo particular. Já lá diz o ditado quem não quer ser lobo não lhe vista a pele. Ou, por outras palavras, não se pode arvorar em detentor e moralizador de toda uma ética e postura moral e possuir um passado que, no mínimo, deixa muitas dúvidas. Como os romanos diziam à mulher de César não basta ser séria, é necessário parecê-lo.
Por último, já se sabe que é muito mau matar o mensageiro. Nesta ordem de ideias, tentar achincalhar um dos poucos jornalistas João Manuel Cerejo que, na actualidade, faz jornalismo de investigação não é dar um tiro nos próprios pés, é dar uma bazucada.
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 11:50