Na rubrica Cartas ao Director, no Público de hoje, o leitor Ruben Marks a determinada altura da sua missiva afirma “em 1965, no Liceu de Kalix e depois no Liceu de Luleå, já eu era chamado a dar aulas de substituição. Planeamento esse da absoluta responsabilidade da própria escola que, com autonomia, o organizava sem qualquer indicação de outras instâncias… Assunto importante e querido a qualquer pai-professor sueco, que prefere saber o seu filho a aprender «qualquer coisa» válida à sua formação como ser humano do que sabê-lo no café ou no recreio, sem nada fazer durante o furo. E, isto, já há 41 anos!”

Comentários para quê?

Hernâni de J. Pereira

Num estudo recente, levado a cabo pelo Centro de Investigação e Estudos de Sociologia do ISCTE, chegou-se à conclusão que 81,7% dos inquiridos, com idade entre os 16 e os 35 anos, desconheciam algo sobre a vida sindical no seu local de trabalho.

Que se acautelem os sindicatos!

Por este andar daqui a poucos anos terão apenas meia dúzia de sindicalizados e, ainda por cima, às portas da aposentação.

Hernâni de J. Pereira

Como é possível Marques Mendes dar cobertura às diatribes de Alberto João Jardim?

Esqueceu-se que ainda recentemente, depois de ter sido convidado para a Festa do Chão da Lagoa, foi dispensado à última hora e, ainda por cima, destratado?

Desconhece que independentemente da cor política de quem analisa o assunto, a questão da dívida da Região Autónoma da Madeira, o enorme despesismo desta, atentatório dos direitos mais legítimo das regiões mais pobres de Portugal, são olhados com desdém e desprezo pela grande maioria dos portugueses?

Desconhece que quem afrontar o apetite voraz de Alberto João Jardim, o qual se acha acima da lei, tem, antes de mais, o apoio maioritário do povo português?

Não sabe que com essa atitude, por muito que agrade aos barões do PSD, está atirar não tiros, mas bazucadas nos próprios pés?

Ignora que a lei que sustenta os cortes de transferência de dinheiro para a Madeira é da autoria de Manuela Ferreira Leite, aquando do governo de Durão Barroso?

Afinal, onde está a coerência?

Hernâni de J. Pereira