Maio 22 2006
Como é do conhecimento geral, apesar de pertencer a um corpo especial, faço parte daquela imensa mole humana a que se costuma designar por função pública.
Por isso, começo a estar farto daquelas bocas que se ouvem diariamente, do género que bela vida a tua. És funcionário público e está tudo dito! Isto para não falar de outras opiniões mais ordinárias ditas amiúdas vezes: andamos nós a sustentar esta cáfila de malandros.
Reconhecendo que existem muitos funcionários, não a maioria, felizmente, que envergonham os colegas e não merecem sequer água que bebem, é, porém, necessário afirmar, alto e bom som, que muitos outros persistem em dar corpo ao manifesto e que, por isso, honram com sangue, suor e lágrimas, o lugar que ocupam.
O que falta então? Tal como alguém recordou, é absolutamente necessário, de uma vez para sempre, que a boa moeda tenha coragem de afastar a má moeda.
Como o nosso bom povo afirma, enquanto houver entre nós uma peça de fruta podre, esta acabará por contaminar as restantes.
Por isso, alerta! O futuro está nas nossas mãos.
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 22:43
Maio 14 2006
Mais uma corrida. Mais uma vitória.
A dobradinha já cá canta!!!
Viva o PUERTO. É o maior, carago!
PS - Este novo troféu é dedicado àqueles benfiquistas que, para além de não serem desportistas, são anti-portistas.
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 23:55
Maio 14 2006
Soube-se recentemente para alguma coisa servem os jornais que os funcionários afectos ao Ministério da Justiça (MJ), quer trabalhem nos tribunais, na Polícia Judiciária (PJ) ou noutro serviço, não pagam transportes, ou melhor, o próprio Ministério paga-os. Ou melhor ainda, pagava. Isto porque deixou de pagar nos últimos anos, o que levou as empresas de transportes urbanos de Coimbra e Aveiro, por exemplo, a exigirem que aqueles comprassem os respectivos títulos de transporte.
Claro que esta situação gerou uma revolta entre os funcionários afectos ao MJ, levando a situações caricatas como a que aconteceu com uma funcionária administrativa dos tribunais, a qual recusando comprar o bilhete, foi insultada e agredida pelos outros passageiros.
As perguntas que se impõem.
- A que propósito é que os funcionários auxiliares, administrativos ou outros similares viajam de graça nos transportes públicos?
- Não ganham eles o mesmo que os funcionários dos outros ministérios?
Se forem polícias e em serviço, ainda vá. Compreende-se.
Agora, é incompreensível observar que, por exemplo, um assistente administrativo da PJ viaje de graça e um seu colega em serviço na secretaria de qualquer escola tenha de pagar, ganhando eles o mesmo.
Com exemplos destes, começo a duvidar que este país tenha saída possível.
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 23:46
Maio 07 2006
Ouve-se com muita frequência o queixume reiterado dos nossos autarcas, independentemente da sua cor política, relativamente à burocracia governamental.
É costume ouvirem-se os reparos hipercríticos contra o centralismo do Terreiro do Paço, factor de impedimento do desenvolvimento local.
As perguntas que se impõem:
Mas será que os nossos representantes locais vivem noutro país que não o nosso?
Será que desconhecem o calvário por que passa o cidadão anónimo quando quer tratar de algo na sua câmara municipal?
Os burocratas de Lisboa serão, por acaso, diferentes dos instalados nos mais diversos paços de concelho?
A resposta é simples. São farinha do mesmo saco.
Por isso, observem primeiro as trancas nos seus olhos antes de verem os agreiros nos dos outros.
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 23:29
Maio 01 2006
Neste dia em que se constatou, uma vez mais, o enfraquecimento do movimento sindical, já que que as centrais sindicais continuam a fazer um sindicalismo retrógado, sem evolução, sem terem em conta a realidade tecnológica e social vigente, eu comemorei-o dignamente: trabalhei na agricultura, sulfatando batatas e escarificando vinhas.
Cheguei ao final do dia todo suado e "sujo". No entanto, apesar do cansaço sinto-me bem comigo próprio.
É certo que não gritei por melhores salários, nem reinvindiquei mais regalias, na maior parte das vezes, despropositadas, mas fiz aquilo que me apetecia.
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 20:32