A comunicação social deste fim-de-semana noticiou que Manuel Alegre, ex-candidato
à presidência da república, o mesmo que se posicionou em segundo lugar, muito à frente do dinossauro Mário Soares, o paladino da ética e bons costumes, afinal tinha metido umas férias através de um atestado médico falso, à semelhança de tantos e tantos portugueses que, meses e meses, andou a combater, afirmando alto e bom som, que era necessário qualidade na vida pública.
E se digo falso é porque no sábado, dia 28.01.2006, não se coibiu de presidir a uma reunião, no Hotel Altis, dos seus mais recentes correligionários os quais reafirmaram o início de um movimento a favor de mais cidadania, intitulado Poder os Cidadãos.
Das duas uma. Ou estava doente e por conseguinte, legititamente, não podia comparecer na Assembleia da República, seu local de trabalho, ou não estava, com se provou pela sua comparência na citada reunião, e então é um igual a tantos outros que tanto combateu.
Bem prega Frei Tomás
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 22:09
Há dias o Diário de Notícias trazia uma notícia, a qual afirmava que os juízes não se conformavam com o congelamento da progressão de carreira, isto é, a subida de escalão de vencimentos, argumentando que a respectiva mudança não era automática, mas resultava de uma avaliação a que, anualmente, estavam sujeitos.
Mais. Adiantavam que caso a tutela não aceitasse os seus argumentos, iriam recorrer para os tribunais. Aqui, como eram os seus colegas, senãos os próprios, a decidir estava tudo feito.
É necessário dizer algo mais sobre a defesa do corporativismo em Portugal? Não passaram já 32 anos sobre o fim do Estado Novo/Corporativista?
É preciso afirmar mais sobre a falta de vergonha de alguém que se prepara para decidir em causa própria?
É necessário exprimir algo sobre uma classe desde sempre privilegiada, a qual não se importa de que os outros paguem a crise enquanto eles vivem à grande e à francesa. Basta lembrar-nos que recebem mensalmente subsídio para renda de casa, cerca de 700 , quando trabalham praticamente em casa e nem transportes usam.
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 21:44