Outubro 30 2005
Com a nova legislação sobre o poder autárquico, já por si defeituosa e incompleta, publicada com cerca de um mês de atraso, mercê de um estranho engavetamento na secretária de um deputado do PS, os novos autarcas, eleitos no passado dia 9, novamente irão usufruir das enormes regalias que ao longos das últimas três décadas gozaram, tais como a contagem a dobrar do seu tempo de serviço para efeitos de aposentação.
Enfim! É o cumprir de uma das maiores promessas de Sócrates, isto é, de terminar com os privilégios dos políticos!!!
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 20:38
Outubro 23 2005
O que escrever quando nos apetece escrever mas não sabemos sobre o quê?
Tenho a nítida sensação de que devo escrever algo. Mas sobre o quê?
Política? Acho que não
Desta vez, decididamente, não.
Futebol? Também não, tanto mais que, a esta hora, ainda não sei se o FCP vai ganhar
Do meu estado de alma? Sinto-me encorajado a fazê-lo! Mas será legítimo expor algo de íntimo neste sítio? E para dizer o quê? Será que valerá a pena afirmar publicamente que as minhas últimas lutas, quer sejam pessoais, familiares e/ou profissionais, me têm acarretado um desgaste imenso, um enorme cansaço, sem que veja ou anteveja resultados positivos, bem pelo contrário?
Reflectindo: o que fazer e como o fazer?
Abandonar tudo e todos?
Deixar correr, do género não te rales?
Ou, então, continuar a trabalhar, dando o melhor que sei e posso?
Quem me conhece sabe que não me resta outra alternativa senão seguir a última. Isto, apesar do desânimo e de todas as incompreensões, mesmo dos amigos, que, como se sabe, são as que custam mais.
A finalizar, um pedido de desculpas aos meus leitores pelo presente texto. Mas existem momentos em que até os mais fortes têm dúvidas.
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 22:29
Outubro 20 2005
Até que enfim! O país estava suspenso, mas valeu a pena esperar. Apesar de nunca ter duvidado que, no momento certo, o anúncio seria feito.
Qual notícia sobre a greve geral da função pública e respectiva manifestação? Qual gripe das aves? Os media e consequentemente a maioria dos portugueses, hoje, apenas esperavam pelo anúncio da candidatura.
Foram oito minutos bebidos sofregamente. Palavra a palavra, frase a frase, tudo foi absorvido.
Cavaco Silva brilhou. Foi conciso e preciso.
Urra! JÁ TEMOS PRESIDENTE!!!
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 21:33
Outubro 16 2005
E o que dizer das eleições autárquicas regionais, aquelas que estão mais perto deste vosso escriba?
O PSD venceu em Oliveira do Bairro por que Acílio Gala não concorreu. Leontina Novo, apesar do esforço que implementou à sua candidatura, não tem carisma suficiente.
Anadia. Bem, Anadia é um caso paradigmático. Venha quem vier o PSD ganha. Apresente quem quer que seja e ganha com toda a certeza. Mais: só mudará de presidente de dois modos: por a lei impedir a recandidatura de Litério Marques ou, então, que apareça alguém de dentro do PSD que o destrone. Aviso à navegação. Esta última ideia é extremamente difícil de acontecer, a não ser que haja uma revolução a nível dos filiados.
No respeitante à nossa vizinha Mealhada, Carlos Cabral continua de pedra e cal. Para o destituir é necessário que se apresente alguém com mais experiência, quer seja pessoal e/ou profissional, ou seja, com maior carisma do que Breda Marques. Apesar de ser um político, como vulgarmente se diz, com garra e querer, é ainda muito novo. Gosto de Mano Soares. Apesar de se notar falta de traquejo nestas andanças, possui ideias e procura alcançar objectivos que dizem muito à generalidade do cidadão comum. Assim tenha tempo e espaço para expressar as suas concepções da política e teremos homem
Uma palavra para a Pampilhosa. O meu ilustre colega e amigo Luís Tribuna, candidato pelo PDS à Junta de Freguesia merecia melhor resultado. De qualquer modo, a minha palavra de apreço, uma vez não ser fácil dar a cara, nos tempos que correm, numa batalha deste cariz.
Por último, a minha opinião sobre Vilarinho do Bairro. Com todo o respeito pessoal para com a candidata do PS, Profª Ana Seiça, quem foi a sumidade que a escolheu? Quem a conhece? O que já fez? Em que obras colaborou? A não ser algumas pessoas e não todas que vão à missa dominical a Vilarinho, alguém sabe quem é? Por mim só fiquei admirado pelo número de votos excessivo que tiveram.
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 22:03
Outubro 16 2005
Passados que são oito dias após as eleições autárquicas, é chegado o momento de dar a minha opinião, a qual procurarei que seja o mais desapaixonada possível.
A nível nacional nada de surpreendente. Mesmo os casos de Aveiro e Santarém, são excepções que vieram confirmar o meu anterior vaticínio. O PS perderia em toda a linha e o PSD, mercê de uma política hábil e corajosa de Marques Mendes, subiria em número de câmaras e de votos.
O CDS-PP é um partido em extinção e se o PSD continuar com uma política realista, não aberta à influência de lobbies, sabendo separar o trigo do joio, demarcando-se dos populismos demagógicos, não temendo os velhos varões, facilmente engolirá aquele.
No que concerne ao PCP, é certo que cresceu. Porém, desiludam-se os comunistas, pois os votos que recebeu a mais não representam uma mudança na intenção mais profunda dos portugueses, mas sim um modo de penalizar o governo, pelas medidas que tem tomado.
Abra-se um parêntese para afirmar que a maior parte das medidas governamentais, apesar de impopulares, são absolutamente necessárias e que já deviam ter sido tomadas há, pelo menos, dez anos.
Voltando às eleições para dizer que ficou provado à saciedade que o BE não é um partido nacional. Quanto muito é um conjunto de pessoas com uma pequena implantação a nível urbano, mas quase só em Lisboa. Mais: a velha prédica de Louçã de que todos os outros não possuem ética e que a moral é um seu apanágio exclusivo já não dá resultado. Até na religião isso deixou de ser verdade quanto mais na política
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 20:50
Outubro 16 2005
Há já algum tempo que, infelizmente, deixei de escrever nesta página. Razões de ordem familiar a isso me tem impedido.
Volto com gosto ao convívio dos meus leitores. Não por que a doença de alguém que me é muito querido tenha evoluído positivamente. Infelizmente não é o caso.
Volto, então, por dois motivos: por muita gente mo ter solicitado e por necessidade pessoal.
A todos os que, nesta hora difícil, por um meio ou outro, me têm manifestado a sua solidariedade o meu bem hajam e um abraço de amizade sincera.
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 20:14