Abril 25 2005
Apesar do poder não ser semelhante, quase de apetece dizer: Papa morto, Papa posto.
Todos sentimos uma imensa saudade de João Paulo II. Pelo seu percurso, pela sua maneira de ser e estar, pela abertura que manifestou ao mundo e a Deus, será inigualável.
No entanto, Bento XVI aí está. Não para ser um clone do seu antecessor. Não para fazer a vontade aos crentes ou aos não crentes, principalmente a estes. Não para agradar à esquerda ou à direita.
Está aí, acima de tudo, para ser o instrumento de Deus entre os homens. Por isso, manifesto a minha alegria e exulto com ele em Jesus Cristo, Nosso Senhor.
E VIVA O PAPA.
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 01:02
Abril 25 2005
Este ano, muito se sofre por ser portista.
Principalmente por estes lados, uma vez que, tenho de o confessar, a maioria são moiros. Existem meia dúzia de lagartos, mas não contam.
Em anos anteriores, apesar de em menor número podíamos cantar de galo. Os êxitos eram tantos e de tal monta que ufanamente andávamos constantemente de peito feito. Não havia multidão vermelhusca ou pintada de verde que nos fizesse frente.
Actualmente, domingo a domingo, só estamos à espera que a desgraça não seja muito grande.
Aguenta coração. Sofre, sofre, sofre,
e tem fé que os velhos tempos voltarão!
Será que os salgados estão a fazer mal ao Pinto da Costa?
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 00:40
Abril 25 2005
Nos últimos tempos muito se tem falado sobre este tema.
Apesar de militante do PSD, com as quotas pagas -por mim - em dia, vou ser curto e grosso, como o nosso bom povo gosta: não existem argumentos para não apoiar esta proposta de lei, a não ser o de perpetuar no poder o caciquismo populista que por este país impera.
Mais: a sua eventual não aprovação é, sem sombra para dúvidas, também uma cedência ao "Bokassa" das Ilhas, vulgo Alberto João Jardim. Este se quer continuar eternamente no poder que peça, de uma vez para sempre, a independência da Madeira que, por mim, dou-a de graça. E muita gente pensa como eu.
Último reparo. O número de mandatos proposto é exagerado. Oito anos chegam e sobram para se fazer obra. Aliás, se ao Presidente da República chegam dois mandatos, porque não há-de ser o mesmo para os presidentes de câmara ou freguesia?
Ah! Já me esquecia. Estou-me marimbando para a inconstitucionalidade da referida proposta de lei. Porém, se assim é, reveja-se a Constituição, uma vez que para outros casos menores a mesma já foi mudada imensas vezes.
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 00:22
Abril 15 2005
O outro dia chegou às minhas mãos um texto que, pela sua pertinência, não resisto a publicá-lo. Desconheço a sua autoria, pelo que vai sem citação do(s) autor(es).
Ei-lo.
DESCULPA SE ALGUMA VEZ
FUREI A TUA TÁBUA!
Era uma vez um rapazinho que tinha um temperamento muito explosivo. Um dia recebeu um saco cheio de pregos e uma tábua de madeira. O pai disse-lhe que martelasse um prego na tábua de cada vez que perdesse a paciência com alguém.
No primeiro dia o rapaz martelou 37 pregos na tábua.
Já nos dias seguintes, enquanto ia aprendendo a controlar a sua raiva, o número de pregos martelados por dia foi diminuindo gradualmente. Tinha descoberto que dava menos trabalho controlar a sua raiva do que ir todos os dias martelar vários pregos na tábua
Finalmente chegou o dia em que não perdeu a paciência em hora nenhuma. Falou com o pai sobre o seu sucesso e como se sentia melhor em não explodir com os outros. O pai sugeriu que ele retirasse todos os pregos da tábua e que os trouxesse até si.
Então o pai exclamou: «Estás de parabéns, meus filho, mas olha para os buracos que os pregos deixaram na tábua; ela nunca mais será como antes.
Quando falas enquanto estás com raiva, as tuas palavras deixam marcas como essas.
Podes enfiar uma faca em alguém e depois retirá-la, podes pedir mil vezes desculpas que a cicatriz continuará sempre lá.
Uma agressão verbal é tão violenta como uma agressão física. Amigos são como jóias raras. Fazem-te sorrir e encorajam-te a alcançar o sucesso. Emprestam-te o ombro, compartilham os teus momentos de alegria e têm sempre os seus corações abertos para ti».
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 20:59
Abril 02 2005
Num tempo em que o sacrifício, o sofrimento pessoal e o padecimento pelos outros são, para uma parte substancial da população, palavras vãs, causa-me a maior admiração a atitude de Sua Santidade João Paulo II.
Todos sabemos que o mais habitual e natural nestas circunstâncias é o resignar, o abandonar tudo e todos e partir para algo mais calmo e menos penitenciador.
Porém, não foi esse o caminho de Jesus Cristo a caminho do Calvário. Não foi Ele que disse: Pai, não se faça a minha vontade mas sim a Tua?
Há semelhança de Cristo, também o Papa quer beber o cálice até ao fim. Um exemplo para todos nós.
Neste momento de desolação para todos nós, quer sejamos católicos ou não, quero prestar a minha mais humilde homenagem e curvo-me perante todo o seu ser.
Aqui fico a minha admiração sincera a um homem que nunca se vergou perante as maiores adversidades da vida e estas não lhes foram leves.
Expresso igualmente o meu preito a alguém que, contra vento e marés, contra modas e usos, lutou sempre por ideais e convicções.
Uma última observação: profundamente crente desde que me conheço, João Paulo II ajudou, neste momento, a cimentar ainda mais a minha fé em Cristo, Nosso Senhor e Salvador.
Bem hajas Karol Wojtyla.
Um pedido: continua a velar por nós.
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 20:22
Abril 02 2005
O artigo já tem uma semana, mas só hoje é que fui alertado para o mesmo. Trata-se de uma notícia inserta no caderno de economia do Expresso de 2005.03.25.
Naquela podia ler-se, em resumo, que, hoje em dia, existe um funcionário no Ministério da Agricultura por cada quatro (!!!) agricultores. Ou seja, enquanto diminuiu o número de pessoas que trabalham a terra, aumentou a quantidade de funcionários.
Poderá haver contra-senso maior?
Porém, o pior é que cerca de 6000 funcionários, isto é, sensivelmente metade dos burocratas daquele mastodonte, exercem as suas funções em Lisboa.
Pergunta-se: o que fazem pela agricultura todos aqueles mangas-de-alpaca em Lisboa?
Para piorar as coisas, o Secretário de Estado da Agricultura, Luís Vieira, quando indagado sobre que rumo dar a tão insólito caso, afirmou que quanto muito haveria deslocalizações, mas despedimentos nunca.
Está tudo dito. Voltamos ao antigamente: deixa andar!
Se ao menos os poucos agricultores lhes pusessem a vista em cima, vá que não vá
Mas assim
Que Deus lhes perdoe.
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 19:56
Abril 02 2005
O contrato celebrado, três dias depois das eleições de 20 de Fevereiro p.p., pelo então ministro da Administração Interna, Daniel Sanches, e uma empresa em que tinha sido administrador antes de ingressar no governo, no valor de 580 milhões de euros, com vista ao fornecimento de material de telecomunicações para as forças de segurança e protecção civil, apesar de acreditar ter sido assinado com a maior lisura, sou de opinião de que eticamente o mesmo nunca o deveria ter sido.
Há um ditado que vem da Roma Imperial e que diz: À mulher de César não basta ser séria. É preciso parecê-lo.
E, sinceramente, aqui parece não ter havido a probidade necessária.
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 19:32